Entende-se e justifica-se plenamente a declaração do estado de emergência, uma forma mitigada de resposta excecional.
Na passada sexta-feira, 8 de janeiro, a Assembleia da República repôs os feriados anteriormente suspensos pelo Governo PSD-CDS.
No ano que agora começa e em que se completam 80 anos sobre as vitórias da Frente Popular em Espanha e em França, talvez valha a pena recordar os antecedentes imediatos das Frentes Populares.
A História, sobretudo a História contemporânea – decisiva para a política como campo de argumentação e arma de arremesso no combate pelos corações e cabeças dos povos – tem geralmente um uso que não é inocente ou sequer objetivo. E essa objetividade não implica que o historiador se dispa das suas crenças, dos seus princípios…
É talvez reflexo do tempo e dos homens o silêncio quase absoluto sobre a passagem, esta semana, dos quinhentos anos da morte de Afonso de Albuquerque. Depois dos seis séculos da conquista de Ceuta, em agosto de 1415, o aniversário da morte de Afonso de Albuquerque, agora, em 16 de dezembro, passa também quase despercebido.…
A vitória tangencial de Mauricio Macri, com 51,5% dos votos e uma vantagem de cerca de 700.000 sufrágios populares sobre o adversário, o peronista-populista Daniel Scioli, é a primeira inversão de marcha de uma tendência esquerdizante no hemisfério sul-americano. Desde Dilma Rousseff no Brasil, Nicolás Maduro na Venezuela, Evo Morales na Bolívia e Michelle Bachelet…
Marraquexe, Marrocos, outubro de 2015. A partir de um país atlântico, Marrocos, e entre países atlânticos, debateram-se algumas das questões do momento internacional: segurança e contraterrorismo; energia, variedade das suas fontes, volatilidade dos seus preços; globalização e identidade; Europa, África e Américas atlânticas. Subjacente, a pergunta: haverá uma (nova) comunidade atlântica?
Louis Léon Théodore Gosselin (1855-1935), conhecido por Georges Lenotre, foi um historiador diferente da revolução e da contra-revolução. Considerado o ‘papa da petite histoire’, era um obcecado da documentação, da memória privada, da investigação, dos lugares e detalhes dos familiares e dos próximos dos protagonistas. Acreditava na primazia destes pequenos elementos ‘secundários’ para a reconstrução…
Domingo, 25 de Outubro, na praça de S. Pedro de Roma, vi e ouvi o Papa Francisco anunciar o encerramento do Sínodo da Família com palavras de gratidão e de esperança.
A ideia de ‘unidade das esquerdas’ num país como Portugal, onde o leque político-partidário com representação parlamentar vai do centro-direita à extrema-esquerda, pode e deve causar perplexidade.
Moçambique atravessou, nas últimas semanas, um período político difícil que, caindo em cima da já difícil situação económico-social, fez disparar os sinais de alarme entre a comunidade diplomática residente e os actuais e potenciais investidores.
O conflito entre os Estados Unidos e a Federação Russa quanto à guerra civil na Síria começa a aparecer como uma confrontação entre as duas superpotências nucleares na cena internacional a que alguns chamam já um «regresso à Guerra Fria».
Os debates eleitorais valem o que valem: são um produto da política-espectáculo, em que os que competem pelo favor dos eleitores lutam pelo seu coração – ou melhor, pelo seu voto. Dispensam-se as considerações pedagógicas: a ideia não é discutir ideias, mas pessoas. Pode ser que na Europa as coisas estejam para mudar mas, por…
A eleição de Jeremy Corbyn caiu como uma bomba-surpresa na Grã-Bretanha e os seus estilhaços são já bem visíveis no novo Labour.
Como muitos miúdos da minha geração, li A Odisseia na versão e adaptação de João de Barros, logo que aprendi a ler: o ciclope Polifemo, a feiticeira Circe, os abismos de Cila e Caríbdis, Penélope em Ítaca, foram personagens misteriosas e sedutoras que animaram a minha infância.
Entre 1820 e 1920 cerca de 25 milhões de europeus emigraram para os Estados Unidos: 7,5 milhões das Ilhas Britânicas, Irlanda, Inglaterra e Escócia; 5,5 milhões da Alemanha; 4 milhões de Itália; 3,7 milhões do Império Austro-Húngaro; 2 milhões de escandinavos, outros 2 milhões de judeus russos. De Portugal saíram 210.000.
Setenta anos depois da bomba atómica, ganha força no Japão uma corrente histórica que contesta a narrativa ocidental da guerra do Pacífico.
A nova corrida a África tem, como é natural, novas regras, novos objectivos e novos limites. É claro que não existe ‘uma África’, existe um continente com 54 países independentes, diferentes, moldados pela História, pela Geografia, pela herança cultural e colonial e pelas circunstâncias correntes da sua política e economia. Sabemos isso, mas generalizamos sempre…