O atlantismo foi um pensamento e quase uma ideologia no século XX. Começou com a Carta do Atlântico e o pacto anglo-americano anti-Hitler e no fim da Segunda Guerra tornou-se uma filosofia e uma estratégia de resistência ao perigo soviético.
O grande factor de estabilidade ou instabilidade política no século XXI é a correspondência Estado e Nação. Os Estados plurinacionais e os Estados sem nação são instáveis ou têm todas as condições para o ser. Os Estados nacionais em que ao Estado corresponde a nação são estáveis.
A situação no norte do Mali é um exemplo típico da corrente e crescente incapacidade da chamada ‘comunidade internacional’ para lidar com os problemas dos ‘territórios’ e dos focos de insegurança, crime e terrorismo que eles tendem a originar.
A crise ressuscitou, entre a esquerda pátria, aqueles tiques que, noutras paragens, levaram a grandes tragédias e massacres em nome da virtude, da superioridade moral e da missão histórica dos portadores das utopias humanitárias do século XIX – criar um mundo perfeito ou quase e para isso remover tudo e todos no caminho de tal…
A expectativa durou quase até ao fim. Depois, umas dezenas de milhares de votos em meia dúzia de swing states deram a vitória a Barack Obama. Por um punhado de votos, o Presidente foi reeleito.
A tempestade do século XXI, que caiu com bíblica fúria sobre a Costa Leste dos Estados Unidos esta semana, forçou os candidatos à Presidência a moderar e interromper as campanhas no seu momento mais crucial em que estão numa corrida ombro a ombro, em que tudo se vai decidir por poucos votos em poucos Estados.
Foi há um século a primeira guerra dos Balcãs: enfrentou uma coligação dos Estados cristãos da região – a Grécia, a Sérvia, a Bulgária e o Montenegro – contra o Império otomano, durou até ao Verão de 1913 e foi logo seguida por outra entre Estados da coligação vencedora – a Grécia e a Sérvia…
Hollande proclama o fim da Françafrique» titulava em primeira página o Le Monde de domingo, 14 de Outubro. Na sexta-feira 12, começara em Kinshasa a 14.ª Cimeira da Francofonia, onde se esperava que o Presidente francês anunciasse o fim da ligação especial que a França sempre manteve com as suas ex-colónias da África subsahariana.
A reivindicação da independência catalã pode surpreender, e surpreende, as cabeças moldadas pela retórica optimista e economicista do pensamento único, analfabetos funcionais sem formação ou sensibilidade histórica e cultural, incapazes de raciocinar fora das vulgatas instaladas, completamente insensíveis à possibilidade da tragédia na História.
Foi há precisamente meio século que estreou Dr. No, o primeiro filme de James Bond. O filme era de Terence Young e o guião adaptado de um livro de Ian Fleming que criara um herói-espião, um agente de MI 6, James Bond, 007, «com licença para matar».
Paris, primeiro fim-de-semana de Outono. Retomo hábitos antigos, recorro itinerários, bairros, livrarias, monumentos, museus.
O Mapa Eleitoral do New York Times de 16 de Setembro revela uma eleição muito disputada: no que importa (o Presidente dos Estados Unidos é eleito pela maioria dos votos dos 50 estados), as projecções eleitorais dão 185 votos firmes para Obama e 156 firmes para Romney.
Não sei se foi consequência do martírio sofrido no tempo do Salazar e da Censura do ‘fascismo’ que já lá vai há quarenta anos, se vem de códigos genéticos mais profundos… Mas a esquerda considera-se, genuína ou hipocritamente, sempre moralmente superior.
A segunda temporada de Spartacus (Vingança), acaba com o castigo dos ‘maus’. Maus que são os romanos chefiados pelo tenebroso legado Glaber, um oportunista cruel e cobarde, a quem o herói enfia a espada pelas goelas abaixo!
Estes são tempos cruciais para a África e, sobretudo, para a África Austral, a África a sul do Equador, delimitada pela fronteira norte da Zâmbia, do Malauí, de Moçambique e de Angola, uma África com condições geográficas, climatéricas, económicas e histórico-políticas especiais.
Há alguns meses, um dirigente político moçambicano, a quem felicitava pela vaga de grandes investimentos e projectos ligados à exploração dos recursos energético e mineiro do país, respondeu-me: «Bom, até agora provámos que sabíamos viver sem recursos. Vamos ver se somos capazes de viver com recursos».
Faltam menos de três meses para a eleição presidencial norte americana. Vai ser uma eleição cerrada e que, como em 2008, acabará por ser decidida pela votação em meia dúzia de Estados ‘indecisos’ – os swing states.
‘Love Classic Republican Foreign Policy? Vote for Obama’ era o título de um artigo recente de John Rauch no New Republic. Para ele, a política externa de Barack Obama tem-se pautado por cânones de realismo clássico, ao modo de presidentes republicanos como Eisenhower, Nixon e George H. Bush (Bush 41, ou Bush sénior).
Termino uma curta biografia (*) de Ernst Jünger de Dominique Venner que, intelectualmente, conheço há meio século. Jünger é um conhecimento mais recente.