Regressou uma certa normalidade a esta cidade, próxima da fronteira com a Rússia. Contra-ataques empurraram a artilharia russa para longe do alcance de Kharkiv, mas ainda há bombardeamentos exporádicos.
A falta de comida ameaça todos, não só os insurgentes. ‘Afeta civis e os próprios militares’, alerta João Feijó.
Os ucranianos optam por movimentar constantemente a artilharia, enquantos guerrilheiros de Melitopol levam a cabo assassínios e sabotagem.
Não há saída à vista para o bloqueio à exportação de cereais ucranianos. Tendo Kiev avisado que a proposta de um corredor marítimo russo podia servir como esquema para se esgueirarem no porto de Odessa.
Mais uma vez, familiares de vítimas lamentaram que armas de guerra sejam tão facilmente acessíveis nos EUA. Até o Presidente se mostra impotente para mudar isso. Como sempre, as ações de fabricantes de armamento subiram com o massacre. As suas vendas cresceram e as mortes com armas de fogo também, com mais de 17 mil vidas perdidas só…
O Kremlin precisa desesperadamente de vitórias. E a queda desta cidade, mais a sua gémea, Lysychansk, da outra margem do rio Donets, permite-lhe celebrar a tomada de Lugansk. As rotas de fuga de Severodonetsk, cujo cerco é comparado a Mariupol, estão em risco.
Apesar dos avanços em Severodonetsk, os russos mostram uma falta de tropas crónica, devido às baixas. Veem-se cada vez mais centros de recrutamento móveis e veteranos pedem mobilização massiva.
A visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês às Ilhas de Salomão deixou Washington e Camberra com os nervos à flor da pele.
Enquanto se combate nas trincheiras em Donbass, um jovem militar russo já foi condenado a prisão perpétua por crimes de guerra. E até se abriu uma exposição com artefactos da invasão em Kiev.
Após “mais de meio bilião de dólares em perdas”, o Presidente ucraniano pediu uma espécie de plano Marshall para o seu país.
Antevê-se mais instabilidade nos países em desenvolvimento, com tantos cereais retidos em Odessa. No Sri Lanka há motins, a rua árabe exige pão e agências humanitárias não conseguem enfrentar o aumento dos preços.
Putin prometeu apoios às famílias dos russos mortos na invasão, estimados em até 15 mil. O presidente do Conselho Europeu teve de se esconder num bunker quando Odessa foi alvo de mísseis.
Mariupol será palco de marchas do Dia da Vitória, diz Kiev. Retiram-se destroços, corpos e bombas das ruas, enquanto defensores, traídos por um eletricista, combatem nos túneis de Azovstal.
Perante o lento avanço russo no Donbass, até Lukashenko está desiludido com a invasão ordenada pelo “irmão mais velho”, como chama a Putin.
O Papa Francisco mantém as portas abertas ao diálogo com o Kremlin, à semelhança de João Paulo II durante a Guerra Fria. Mas há quem o acuse de ter uma posição mais comparável à de Pio XII durante a II Guerra Mundial.
No rescaldo do Brexit, a Irlanda do Norte parece cada vez mais próxima da reunificação com a Irlanda. O Sinn Féin, em tempos visto como braço político do IRA, mostra um novo rosto e os unionistas sentem-se traídos por Johnson.
O sumo pontífice deixou críticas à barbaridade da invasão russa, mas também apontou o dedo à indústria do armamento e à NATO, que acusou de “ladrar à porta da Rússia”. Os bombardeamentos escalaram em Azovstal e teme-se que Putin não dê quartel aos defensores.
Sobreviventes de Mariupol vão chegando, mas centenas ainda estão debaixo de Azovstal. Há ucranianos a ter de regressar às suas cidades, mesmo sabendo que os russos lá estão, e em Kherson resiste-se à introdução do rublo.
O Kremlin lançou mísseis sobre Kiev em plena visita de Guterres. O sonho de uma ‘ordem internacional baseada em regras’ parece ferido de morte.