É de facto fascinante o que os portugueses aceitam, e ainda assim votando sempre nos mesmos, baixando a cabeça, submissos e mansos, treinados apenas para alguns surtos reativos e não para uma verdadeira cidadania e exigência cívicas. Porque somos assim? Como mudar esta sujeição escandalosa?
Estamos nesse limiar de um outro humano. Há uma nova era já entre nós e será uma questão de décadas, a não ser que suceda algum apocalipse.
A figura mitológica de Procrusto é o exemplo da mentalidade tipicamente esquerdista, mas não só…
O que transformou totalmente o nosso modo de estar e organizar a nossa vida, foi a tecnologia.
O português é aquele que diz mal do chefe, mas se o chefe entra na sala se desfaz em vénias. Quando o chefe sai da sala, diz ao colega: «Viste como eu olhei para o gajo? Qualquer dia digo-lhe umas quantas». Somos assim, temos um longo passado pela frente e estamos presos nesta impotência.
Em meia dúzia de anos seremos o país mais pobre da União Europeia. Que partidos políticos e nomes nos governaram nas últimas décadas? Sempre os mesmos…
Para os defensores iniciais do mercado livre a mão invisível era Deus. Os novos evangelistas do mercado, de Hayek a Friedman, tinham uma visão laica deste. Ora, o humano não é deus.
Os nossos problemas graves são estruturais, e confundimos sempre conjuntura com estrutura. A economia é fundamental, mas até o seu crescimento é inútil quando não há desenvolvimento cultural e social…
Lutas e movimentos centrados no combate às mais variadas formas de discriminação transformam-se em monomanias grotescas.
Trump foi o exemplo de um presidente na era da pós-modernidade política, e ele foi uma consequência e um sintoma, não uma causa ou um fator. São os democratas que destroem a democracia que geram os Trumps, os Bolsonaros e outros.