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João Vasco Rodrigues


  • Elsa Dorlin e Rolando D’Alessandro. Duas punhadas no estômago

    Elsa Dorlin dedica um capítulo à breve história do porte de armas, demonstrando que esta não representa mais do que as primícias de uma narrativa hegemónica, inscrita e ditada pelos reis, os nobres, os aristocratas e os mercadores, um fetiche sinistro daqueles que nos governam e que têm em vista o desenvolvimento de um sistema…

    Elsa Dorlin e Rolando D’Alessandro. Duas punhadas no estômago

  • Valter Hugo Mãe. O literato como pastor evangélico

    Deus na Escuridão é o romance que encerra a série “Irmãos, Ilhas e Ausências”. Arrevesado entre ser menino e purificado para anjo, Valter Hugo Mãe insiste em fazer da literatura uma triste e vicarial missa publicitária, onde o livro aberto surge como hóstia comovida para consolar as massas.

    Valter Hugo Mãe. O literato como pastor evangélico

  • Mia Couto. Jindungo para línguas europeias

    Após 40 anos de escrita e uma carrada de prémios, as palavras de Mia Couto continuam em águas de bacalhau. Enquanto o país dorme, os júris, os jornalistas, os ministros e os administradores sentam-se à mesa com os talheres de prata e os copos de cristal para elogiar o último livro de contos do escritor.

    Mia Couto. Jindungo para línguas europeias

  • Charlotte Beradt. O sonho que se cumpre entoando a morte

    Após a chegada de Hitler ao poder, em 1933, Beradt era então uma jovem de vinte e poucos anos quando decidiu iniciar uma invulgar recolha de testemunhos, mapeando mais de trezentos sonhos que lhe foram ditados por cidadãos alemães, expondo os efeitos subterrâneos da difusão da ideologia e do terror nazis.

    Charlotte Beradt. O sonho que se cumpre entoando a morte

  • Radu Jude. Da hipertrofia da promessa à pobreza da existência

    Dois anos depois de Má Sorte no Sexo ou Porno Acidental (2021), Radu Jude regressa com Não esperes demasiado do fim do mundo (2023).

    Radu Jude. Da hipertrofia da promessa à pobreza da existência

  • Édouard Levé. Um morto ainda funcional

    Em Suicídio vemos colmatado o último assento da produção literária: o cruzamento entre a realidade e a ficção, a coincidência entre a vida e a obra, num livro narrado a partir das palavras de um suposto amigo do morto. Temos assim que a carta de suicídio de Levé nos é revelada enquanto “carta a um…

    Édouard Levé. Um morto ainda funcional