Com a 10.ª avaliação aproximam-se do fim os três anos do exigente e rigoroso programa de assistência financeira da troika. Daqui a seis meses Portugal poderá deixar a sua condição de «protectorado», como não se cansa de proclamar Paulo Portas com ardente nacionalismo.
Mário Soares alvitrou que “o PR e o Governo devem demitir-se enquanto podem ir para as suas casas pelo seu pé” , pois em breve, supõe-se, estarão sitiados e “serão responsáveis pela onda de violência que aí virá”.
A esquerda portuguesa anda com a agenda de festividades muito preenchida e diversificada.
António José Seguro continua a mostrar-se cristalino nas afirmações e determinado nas orientações.
Cavaco Silva mostrou-se «surpreendido por Portugal ser um pouco a excepção» à prática existente noutros países europeus «e até na nossa vizinha Espanha, de diálogo frutuoso entre as diferentes forças políticas».
António José Seguro é um caso singular de incapacidade de afirmação de uma liderança partidária. Pode vencer Congressos, pode triunfar em autárquicas – nada disso parece bastante para aumentar a sua credibilidade e elevar a sua imagem a um patamar superior de aceitação e autoridade.
À falta de outros recursos ou argumentos, a esquerda transformou o Tribunal Constitucional numa espécie de vaca sagrada da política portuguesa. Pode desancar-se no Governo, denegrir-se o PR, arrasar-se o Parlamento, ridicularizar-se o Supremo Tribunal… mas o TC não pode ser alvo de críticas, está acima do bem e do mal.
A única interrupção de um Conselho de Ministros que se arrastou por 17 longas horas foi para Paulo Portas explicar uma medida que omitira uma semana antes – o corte nas pensões de sobrevivência – quando anunciou que não avançaria a ‘TSU dos pensionistas’.
Paulo Portas desesperou com a polémica da pensão de sobrevivência e quis falar ao país no sábado. Foi convencido a não o fazer. Lutou por uma descida do IVA da restauração e por um Orçamento menos doloroso. Não ganhou o que queria, mas enterrou o machado. “Um défice de 4% é diferente de um défice…
Com um sorriso nos lábios, Paulo Portas anunciou, há uma semana, o resultado das 8.ª e 9.ª avaliações da troika e as suas consequências no Orçamento do Estado para 2014, assegurando que «em nenhuma circunstância estamos perante um pacote de austeridade».
O Governo decide domingo como vai fazer os cortes de salários públicos. Proposta em cima da mesa protege os qualificados e corta mais nos que ganham menos.
O Governo prepara-se para aumentar a contribuição audiovisual que os portugueses pagam na factura da electricidade pelo serviço público de rádio e televisão. O aumento deve situar-se entre os 15 e os 20%.