“Esta é a maior vitória de sempre que um partido alcançou nas eleições autárquicas” – foi com estas palavras que António José Seguro iniciou o discurso de triunfo do PS na noite eleitoral do passado domingo. E não podia ter começado a sua declaração de forma mais errónea e desastrada. Porque, na verdade, não foi…
Portugal passou no oitavo e nono exames ao memorando, mas com claras dificuldades em cumprir os objectivos orçamentais quer em 2013, quer em 2014.
Depois do acto falhado do ministro Miguel Relvas de concessionar a privados a RTP1 e fechar a RTP2, tudo ficou na mesma. Ora, a RTP tem, pelo menos, três problemas de fundo por resolver: 1. Continua a gastar dinheiro a mais dos contribuintes, 140 a 150 milhões de euros por ano, cerca de 12 milhões…
Há líderes políticos que saem mal, contrafeitos e ressentidos, dos seus temporários cargos de poder. E que se entregam, em seguida, a constantes e amargos ajustes de contas com o seu passado recente e com aqueles que consideram responsáveis pela ingratidão de que sentem ter sido vítimas. Manuela Ferreira Leite e José Sócrates constituem dois…
Não há meio de António José Seguro se afirmar perante o país nem, pior ainda, de impor a solidez da sua liderança no interior do PS.
São, no mínimo, curiosas as reacções dissonantes de Passos Coelho e de Paulo Portas ao mais recente chumbo do Tribunal Constitucional.
Carvalho da Silva, soube-se agora através do jornal i, deixou de ser militante do PCP há mais de um ano e meio, mas fez segredo disso. E não só fez segredo – o que, por si só, já é estranho – como agora diz que esse «é um assunto» sobre o qual não tem «resposta…
A crise provocada pela demissão de Paulo Portas é uma das razões invocadas pela troika para não permitir qualquer subida do défice público de 2014, que está fixado em 4% do PIB.
Mais do que o Governo, o PS ou a restante oposição, mais do que a troika ou o Presidente da República – o principal e mais decisivo protagonista político dos próximos três meses vai ser o Tribunal Constitucional.
Já se disse que António José Seguro, ao apostar tudo, nos últimos meses e quando a legislatura ainda não ia a meio, na queda do Governo PSD/CDS e em eleições antecipadas, corria um elevado risco. O de ficar, ele e o PS, sem discurso político para os tempos que se seguem. Foi precisamente o que…
Mais grave do que a demissão de Joaquim Pais Jorge foi a sua nomeação para o Governo. Porque não pode valer tudo em política e, muito menos, na actividade política exercida em nome do Estado.
Há uma sombra que paira, há largos meses, sobre a vida política portuguesa e domina todos os passos e acontecimentos da sua evolução.