António José Seguro tinha três alternativas para responder ao repto do Presidente da República de um ‘compromisso de salvação nacional’ entre PS, PSD e CDS.
Aperegrina proposta de acordo que Cavaco Silva lançou aos três partidos, PSD, CDS e PS, deixaria o país, se fosse aprovada na sua integralidade, na mais pantanosa das situações políticas durante um ano.
Cavaco Silva confrontou o país, de forma inesperada, com um agravamento pessoal da crise política. E os efeitos não só se fizeram sentir de imediato, no aumento das taxas de juro ontem verificado, como prometem alongar-se pelos próximos dias ou semanas.
A declaração de Cavaco Silva ao país dividiu-se em duas partes. A primeira para excluir o cenário de eleições antecipadas antes do final do programa do memorando da troika, em Junho de 2014. E a segunda para avançar com a proposta de um «compromisso de salvação nacional», a ser subscrito por PSD, PS e CDS.
O ‘compromisso patriótico’, propõe Cavaco, deverá «assentar em três pilares fundamentais».
A altura que o ministro Vítor Gaspar escolheu para abandonar o Governo coincidiu, acidentalmente, com o momento em que outro ex-ministro da pasta, Teixeira dos Santos, resolveu reaparecer aos portugueses.
Repetindo a lengalenga radical que vem desfiando em entrevistas e artigos avulso, Mário Soares voltou há dias a afirmar que o Governo de Passos Coelho «não é legítimo» e a ameaçar, mais uma vez, que a política de austeridade «é uma coisa que pode levar a actos de violência» nas ruas de Portugal.
Paulo Portas não pára de nos surpreender. Agora, resolveu inovar e abrir o Congresso do CDS duas semanas e meia antes da data marcada.
José Sócrates regressou ao país com uma visão redutora da intervenção política. Desperdiça o seu espaço de comentário televisivo na RTP1 em ajustes de contas com o passado, na cansativa autoglorificação da sua pessoa, na opinião maniqueísta sobre os intervenientes da actualidade política, em que os bons estão invariavelmente de um lado, o seu, e…
A invejável vitalidade e a inesgotável energia de Mário Soares só têm paralelo no seu desmesurado ego político. Soares já teve o país a seus pés na viragem dos anos 80 para os 90 quando ultrapassou 70% dos votos na sua reeleição presidencial, vendo depois esse pecúlio eleitoral esvair-se para uns quase humilhantes 14,3% na…
Há afirmações difíceis de explicar, que parecem fugir a qualquer lógica de racionalidade política. Como esta que Passos Coelho fez há dias no Parlamento: «Não tenho capacidade para desmentir o nível de desinformação que vai grassando no debate público.
A chamada taxa especial sobre as pensões de reforma, mais conhecida por ‘TSU dos pensionistas’, teima arreliadoramente em não sair de cena da actualidade política e em não dar sossego ao ministro Paulo Portas e ao CDS. Apesar de Portas ter solenemente assegurado que essa taxa representa uma «linha vermelha» que ele «não deixaria ultrapassar»…