Passos Coelho começou mal este mês de Abril, politicamente complicado e exigente, ao advertir o Tribunal Constitucional, na véspera da demorada decisão destes juízes sobre a fiscalização do Orçamento, que «tem de ser responsável pelas decisões que vier a tomar e pelo impacto que elas possam ter no país».
No confronto televisivo com Sócrates, na RTP1, Marcelo, na TVI, parte à frente. E os seus comentários bateram já a entrevista de Sócrates.
Os primeiros programas de José Sócrates, tal como a entrevista que deu ontem à noite, prometem ser verdadeiros êxitos de audiências televisivas. Ainda para mais e por contraste num canal, a RTP1, que vem caindo para patamares de audiência muito abaixo da SIC ou da TVI.
Circula aí pela net, entre muitas fotomontagens verrinosas e piadas corrosivas sobre o Governo, uma sucessão de imagens de Passos Coelho – em 2011, em 2012 e em 2013 – prometendo repetidamente o fim da recessão e assegurando que o ano seguinte – no caso, 2012 ou 2013 ou 2014 – assinalará o início da…
Desde Maio de 2011, quando José Sócrates assinou o duro e exigente memorando com a troika, que Portugal autolimitou voluntariamente a sua autonomia de decisão política. Durante três anos, pelo menos.
Mário Soares entende que, face às manifestações do passado sábado e ao protesto das ruas, «o Governo perdeu a legitimidade democrática» e «tem de se demitir».
Há mais de um ano, desde Novembro de 2011, que o Governo e o seu secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, vinham anunciando que estava quase pronta a legislação para proibir a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos.
António José Seguro escreveu uma carta aos líderes do FMI, BCE e CE a pedir, mais uma vez, a «reavaliação política do processo de ajustamento» de Portugal.
Acandidatura de Luís Filipe Menezes à Câmara do Porto foi vista, de início, como um fácil passeio eleitoral. Parecia, na verdade, ter tudo a seu favor.
Nos dois últimos Conselhos de Ministros, na quinta-feira e sábado, foi feito um balanço geral sobre as medidas de corte na despesa já aceites. Com um rigoroso controlo de informação – os dados globais foram introduzidos nos computadores antes da reunião e apagados logo depois –, a conclusão não foi a mais animadora: tudo indica…
Vítor Gaspar vai pedir à missão da troika, que chega a Portugal no próximo dia 25, mais tempo para fechar os cortes na despesa do Estado.
Por maior ou menor que seja o unanimismo circunstancial na Comissão Nacional do próximo domingo, o PS vai sair dessa reunião politicamente mais fragmentado.