A troika não pediu ao Governo a introdução da sobretaxa de IRS, equivalente a metade do subsídio de Natal este ano, confirmaram duas fontes próximas do grupo formado pela Comissão Europeia, FMI e BCE ao SOL.
Em dez anos tornou-se a segunda moeda mundial e gerou a maior economia global. Mas, em poucos meses, o fim do euro passou a ser equacionado. A 15.ª cimeira para o salvar é em Janeiro
Antes de Portugal começar a pagar o empréstimo da troika (em 2015 ao FMI e 2016 à União Europeia), a ‘factura’ do acesso aos 78 mil milhões de euros será um ‘fardo’ pesado nas contas públicas e que começa a ser cobrada já este ano.
OE2012, negociação das metas do programa, reestruturação das empresas públicas e regras do fundo da banca são os temas quentes da segunda revisão da troika, que arranca na segunda-feira.
Há no sistema financeiro português a expectativa de que a próxima revisão do programa de assistência ao país, em meados de Novembro, traga boas notícias.
O esforço pedido pelo Governo às famílias em 2012 vai ser mais do triplo que o acordado com a troika, enquanto o corte nas ‘gorduras’ do Estado vai permanecer inalterado.
O Governo vai retirar a maioria dos produtos da taxa intermédia de IVA de 13% e subir de 6% para 23%, o IVA sobre a restauração e os espectáculos culturais.
Depois do «ir para além» da troika, o Governo poderá ter de ir além do Orçamento do Estado para 2012 (OE2012) em matéria fiscal, para conseguir colmatar eventuais desvios orçamentais ao longo do ano e cumprir as apertadas metas impostas para o défice de 2012 – 4,5% do PIB, cerca de metade do registado no…
Cinco anos, cinco previsões, cinco ‘tiros ao lado’. O cenário macroeconómico é um dos pontos mais esperados de cada Orçamento do Estado (OE), mas também o que mais falha e o que é alvo de mais críticas no documento que define a estratégia orçamental de cada governo para o ano seguinte.
A austeridade sobre as famílias, a dificuldade no acesso ao crédito e a subida do Imposto Sobre os Veículos (ISV) prevista para 2012 estão a asfixiar o sector automóvel em Portugal, cujas vendas estão em queda livre desde Junho. E este deverá ser o pior ano desde 1987.
Quanto mais depressa Portugal sair do Euro, melhor será. Para o economista João Ferreira do Amaral o país deve criar excedentes comerciais, de modo a pagar a dívida, e «tal só é possível fora da Zona Euro». Um novo pacote de apoio financeiro será necessário já em 2012, alerta. «O Governo já deveria ter avisado…
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) não deverá estar operacional a tempo de analisar o Orçamento do Estado para 2012 (OE2012), falhando a exigência da troika, que queria este organismo a avaliar a consistência e sustentabilidade da política orçamental do Governo para o ano mais difícil do programa de auxílio financeiro externo.
Os efeitos da recessão económica mundial de 2009 e do início da crise da dívida soberana na Zona Euro, no ano seguinte, travaram uma ‘época dourada’ nas relações financeiras entre Portugal e os países lusófonos, segundo dados de um relatório do Banco de Portugal divulgado esta semana em Lisboa.
O Governo vai aguardar pela apresentação do Orçamento do Estado para 2012 (OE2012), agendada para 15 de Outubro, para anunciar o ‘corte histórico’ na despesa do Estado – que Passos Coelho já prometeu ser «o maior dos últimos 50 anos».
Segundo uma simulação feita para o SOL pela PricewaterhouseCoopers (PwC), uma família de classe média vai pagar este ano mais 250 euros em impostos do que em 2010, antes da introdução das primeiras medidas de austeridade, e verá a sua taxa efectiva de imposto passar de 2,31% para 3,57%.
A Sonangol está interessada na privatização da Hospitais Privados de Portugal (HPP), apurou o SOL. A venda do ‘braço’ para a saúde da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é uma das exigências feitas pela troika no âmbito do programa de assistência financeira e poderá representar uma oportunidade para a Sonangol entrar num novo sector e…
Circular a que o SOL teve acesso aponta para redução de gastos de 36% em organismos sob a tutela do Ministério da Economia.
A transferência de fundos privados de pensões para o Estado é rara na Europa Ocidental, mas está a ser cada vez mais utilizada no Leste da Europa para corrigir desequilíbrios nas contas públicas.
A despesa da Segurança Social vai subir mais de 660 milhões de euros por ano com o pagamento das pensões de 38 mil ex-bancários que recebem a reforma através dos maiores fundos de pensões da banca.