O Fundo Monetário Internacional (FMI) cobra um juro 50% superior ao exigido pela Comissão Europeia e pede o reembolso em metade do tempo nos empréstimos concedidos a Portugal.
A queda do investimento privado e a evolução demográfica são as maiores ameaças da economia portuguesa, aponta o economista Nuno de Sousa Pereira em entrevista ao SOL. E o Governo deve lançar já uma campanha de atracção de capital estrangeiro.
O Estado vai injectar 1,1 mil milhões de euros no Banif e assegurar a quase totalidade do capital do oitavo maior banco em Portugal, uma instituição que estava amplamente exposta às três áreas mais frágeis da economia: construção, Madeira e Pequenas e Médias Empresas (PME).
Para o Governo, o ano vai ser marcado por desígnios como o regresso aos mercados, a ‘inversão’ económica, o Plano B, a refundação do Estado e as vendas da TAP e RTP. Para os portugueses ficam as expectativas de mais desemprego, mais impostos e menos serviços, cortes nos salários e nas pensões e um custo…
Dívida do Estado cresceu 30 mil milhões de euros desde a intervenção externa, uma subida semelhante ao último ano e meio de Sócrates. Endividamento vai continuar em alta em 2013 e um perdão parcial teria vantagens, antecipam os analistas ouvidos pelo SOL.
Eventos recentes no sistema financeiro nacional, como a entrada do angolano BIC no mercado português, a nacionalização do BPN, a falência do BPP, a entrada de novos accionistas no BCP, a recapitalização do BPI ou a reestruturação do Banif, vão deixar de ser decididos dentro de Portugal.
O FMI autorizou a Irlanda a adiar parte do programa de austeridade para 2015, caso a economia caia mais do que o esperado este ano. Portugal poderá receber o mesmo tratamento.
O receio da troika de que o impacto da crise nos sectores da construção e imobiliário nas contas da banca portuguesa seja, afinal, maior do que o estimado parece estar já a concretizar-se.
O sector exportador português está a atravessar a pior fase desde o início da crise do euro em 2010. Apesar de ter resistido relativamente bem ao rebentar da crise europeia e à intervenção externa de Portugal, a realidade é que as exportações nacionais estão a começar a sofrer os efeitos da não resolução destas duas…
A 6.ª avaliação, que arranca na próxima segunda-feira, irá muito além da refundação do Estado, ANA ou crise política. Na agenda estão 50 medidas e uma ‘revolução’ nas finanças locais.
As propostas de alterações ao Orçamento do Estado (OE) para 2013 começaram esta semana a ser negociadas entre os deputados da maioria e o Ministério das Finanças.
Portugal é o único país fundador do euro onde mais de metade da população ainda vive em regiões ‘pobres’, dentro da Europa. Na última década, só os Açores se aproximaram da riqueza média da UE.
No último ano e meio, a dívida pública portuguesa foi a segunda que mais cresceu em toda a Europa, subindo a um ritmo três vezes superior à média dos seus parceiros do euro. E dentro de poucos meses irá ultrapassar a barreira dos 200 mil milhões de euros, um valor nunca imaginado pela troika quando…
Um perdão de dívida, a recusa de pagamento aos credores ou a insolvência de um país são eventos que constituem mais a norma do que a excepção na história financeira moderna do Mundo.
O Governo comprometeu-se com a troika a manter as receitas do IRS inalteradas até 2016. Ou a sobretaxa de 4% se mantém ou uma nova e ‘enorme’ subida de IRS vai avançar em 2014.
O terceiro ano consecutivo de recessão e de intervenção da troika vai colocar a economia portuguesa e o consumo privado a níveis de 2005 e fazer o investimento recuar quase 20 anos. Estas são algumas das consequências do maior plano de austeridade aplicado na história da democracia portuguesa, inscrito no Orçamento do Estado de 2013…
Pela primeira vez, as receitas do IRS vão quase igualar as verbas geradas pelo IVA. Os impostos vão financiar 80% da austeridade exigida em 2013. Classe média é o maior alvo.
Os mais ricos vão pagar mais impostos e a classe média também. O CDS vai aceitar as medidas, mas vai pressionar até ao fim com cortes na despesa que mitiguem o esforço fiscal. As reuniões no Governo são diárias.
Com um défice tarifário no sector energético de 28 mil milhões de euros, que tem aval do Estado e, por isso, impacta directamente na dívida pública do país, Espanha resolveu, na semana passada, avançar com um forte pacote de medidas fiscais sobre o sector da energia. O problema é que não serão apenas as empresas…