A renovação mais tardia das frotas e a queda para um terço no número de automóveis habitualmente adquiridos pelas empresas de rent-a-car está a agudizar a quebra já histórica das vendas de automóveis em Portugal. O sector está a viver o pior ano das últimas duas décadas no país.
Despesas de funcionamento do Estado subiram 1,2 mil milhões de euros até Agosto face a 2011. Corte nas ‘gorduras’ permanece adiado e poupanças resumem-se a corte de salários.
As mudanças nas estruturas do Estado estão a multiplicar os regimes de excepção e a criar super-instituições com poderes reforçados. O Instituto da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) e a Estrutura de Acompanhamento dos Memorandos (ESAME) são os dois casos mais recentes.
As concessões da EGF, empresa da área de resíduos do grupo Águas de Portugal, e da ANA, gestora dos aeroportos nacionais, são duas das principais medidas que o Governo está a estudar para atingir o défice de 5% do PIB, a nova meta que a troika exige, apurou o SOL. A concessão das duas companhias…
No final da passada semana, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças viram-se confrontados com um crescendo de críticas da troika aos resultados do programa de ajustamento português – incidindo, em particular, no crescimento do desemprego para níveis preocupantes, na falta de controlo da dívida e na ausência de reformas estruturais.
Derrapagem do défice este ano e cumprimento da meta de 3% em 2013 estão a ser analisadas.
As petrolíferas querem renegociar com as concessionárias das antigas SCUT as rendas dos postos de abastecimento. A introdução de portagens nestas vias cortou o tráfego e as vendas para metade, colocando as áreas de serviço numa situação financeira difícil. O encerramento de estações de serviço não está descartado.
Vítor Gaspar vai apresentar à troika um programa para acelerar as reformas estruturais e cortar mais na despesa do Estado. Rescisões por mútuo acordo na Educação, Saúde, Defesa e forças de segurança estão na agenda.
A Comissão Europeia vai aplicar já este ano medidas para resolver o excessivo endividamento dos particulares, que ameaça a retoma na zona euro. Em Portugal, a dívida das famílias é quase 100% do PIB. Há 700 mil agregados que já não conseguem pagar os seus créditos e o tema é ‘prioritário’ para a troika.
A troika está contra a solução de cortar um dos subsídios para todos os trabalhadores no próximo ano, sabe o SOL. Os credores externos não estão disponíveis para abdicar da regra que obriga a que o equilíbrio das contas públicas seja feito sobretudo pela redução de despesa do Estado – dois terços do total do…
Apesar dos recordes de preços das últimas semanas, Portugal continua a ter combustíveis mais baratos do que Itália, Grécia, França ou Alemanha. Porém, na hora de atestar o depósito, não há quem ‘sofra’ mais que os portugueses e os eslovacos em toda a Zona Euro.
As Finanças admitem que atingir a meta do défice orçamental este ano de 4,5% do PIB está «mais difícil» depois de as receitas fiscais terem voltado a cair em Julho. Segundo o boletim de execução orçamental, divulgado hoje, as receitas dos impostos entre Janeiro e Julho desceram 3,5% quando o governo estimava uma subida de…
É provavelmente a única boa notícia recente da crise da moeda única europeia. A forte desvalorização do euro face ao dólar e às principais divisas mundiais nos últimos meses está a tornar as exportações da Zona Euro cada vez mais competitivas no exterior. Abre-se uma ‘via’ de saída da recessão onde se encontra a maioria…
Ser bom aluno e ir além das metas acordadas com a troika vale a pena? A austeridade é a solução da crise? Os investidores premeiam quem reduz o défice orçamental? Para a maioria dos governos, políticos nacionais e líderes europeus obviamente que sim, para os mercados, nem por isso.
O Banco Central Europeu (BCE) é a instituição europeia que maiores alterações sofreu e mais poder ganhou durante a crise na Zona Euro. A sua actuação quando da época em que era liderado pelo alemão Trichet no pré-crise está longe, muito longe da actual, quando já é presidido pelo italiano Draghi.
Se Espanha pedir ajuda à UE, Portugal terá de dar 2,5% do total. Novo fundo europeu acabou com a isenção dada aos países resgatados. Só a criação do MEE custa dois mil milhões de euros a Lisboa.
O primeiro-ministro disse hoje vai usar toda a margem orçamental disponível e, se necessário, avançar com mais austeridade para cumprir a meta do défice orçamental de 4,5% este ano, uma meta que diz ser «indispensável» para manter a credibilidade externa do país.
Após dois anos e meio e duas dezenas de cimeiras depois, ainda não será desta que os líderes europeus irão apresentar um solução definitiva para a crise da dívida soberana na Zona Euro. A Alemanha quer mais garantias de controlo orçamental antes de avançar com medidas com impacto a curto prazo.
Ex-ministro do PS e ex-presidente da PT e da Galp, em entrevista ao SOL, Francisco Murteira Nabo elogia Governo, mas defende uma intervenção económica do Estado já no segundo semestre para combater desemprego e recessão.