Vivamos o Natal como ele deve ser vivido. Ponhamos de parte o consumismo desmedido e procuremos fazer o presépio no nosso coração
Ultimamente, a propósito do Orçamento do Estado que viria a ser rejeitado na Assembleia da República, o tema voltou à discussão. É curioso constatar que tanto o Governo como os partidos da oposição fizeram do SNS um ponto de honra nas suas intervenções.
Algum tempo depois, o senhor voltou à consulta mas, para meu espanto, foi ele quem puxou o assunto: «Talvez já não se lembre daquele telefonema que lhe fiz… Estava desesperado!». Lembrei-me naturalmente do caso, e ele continuou: «Sabe onde estava? Ia a caminho da ponte sobre o Tejo, mas a sua conversa mexeu comigo e…
Convidei-o com o maior gosto para o lançamento do meu livro, mas já não ‘cheguei a tempo’. Vida Plena, o título da obra, parecia ter sido escolhido a pensar no seu percurso nesta Terra, que estava prestes a terminar. Pouco tempo depois, deixou-nos.
Não faltará muito para não serem precisos médicos. A saúde está em autogestão.
O serviço público não pode continuar a ser o ‘elo mais fraco’ e o ‘parente pobre do sistema’. Todos nós desejamos um serviço forte, de qualidade e competitivo. Quando isso acontecer a ‘rivalidade público-privado’ não fará mais sentido
Ser-se amigo é estar presente na hora certa, nos bons e nos maus momentos. É rejubilar de alegria com as alegrias dos outros e acompanhá-los no sofrimento com o nosso carinho, a nossa palavra e a nossa presença…
Enquanto não formos suficientemente responsáveis e continuarmos a adotar comportamentos de risco sem respeito algum pela liberdade dos outros, ninguém venha deitar culpas ao Governo
Nem uma pessoa de cinquenta anos é velha, nem um indivíduo de setenta é um inválido. O que importa é haver bom senso e uma seleção criteriosa do trabalho a atribuir a cada um…
Nos últimos anos, a preocupação excessiva que o Estado tem tido com os ditos indicadores, sempre a olhar a números e estatísticas, como se hospitais e unidades de saúde familiares fossem centros de contabilidade.
Guardo no coração memórias de acontecimentos que me ajudaram a crescer. Não me esqueço dos ‘pedidos’ que me fizeram, mas há um que recordo de uma forma particular. Guardá-lo-ei para sempre: o último pedido
A decisão final de uma junta médica não tem de ser forçosamente um castigo para quem é convocado. Tem de haver critério e ponderação, mas isso não significa que esteja implícita uma condenação antecipada
Com a pandemia, os utentes procuraram mais o centro de saúde, como seria de esperar, sufocando por vezes o serviço e impossibilitando-o de dar a resposta desejável, apesar de todos os esforços efetuados nesse sentido. Oxalá este desconfinamento traga de volta a normalidade perdida dos tempos que já lá vão.
A pandemia não afetou todas as carreiras? Qual a razão para serem só alguns os mais sacrificados? Não seria mais razoável, em situações anómalas, ‘dividir o mal pelas aldeias’, distribuindo tarefas por todos?
Na sua vida terrena, Maria João foi uma autêntica lutadora. Conhecia-a bem e posso testemunhar a sua luta pela família.
Os cuidados paliativos e de enfermagem existem e funcionam. É fundamental continuar a apostar nesta área, tão importante como essencial na sociedade.
Se há qualidades que aprecio na minha mulher – e tem muitas! –, duas são estas: a defesa da amizade e a aposta na família
É preciso saber esperar com paciência e sem ansiedade. Haverá vacinas para todos. Ninguém será esquecido. Dentro de algum tempo, atingiremos a imunidade de grupo.
Parar o país é sempre uma medida arriscada e perigosa, por tudo o que ela acarreta; por isso, tem de ser criteriosamente ponderada, e utilizada apenas como último recurso