Esta sensação de «impotência cultural» é talvez a que sentem os artistas que procuram criar, mas sentem que o seu trabalho não é valorizado.
Esta imagem também me foi enviada por uma amiga, a Nazaré. E tem, para mim, uma grande beleza poética por transformar o nome «poesia» num verbo reflexivo.
Ao iniciar estas crónicas, fiquei a saber que, curiosamente, outras pessoas, minhas amigas, também gostam de fotografar frases nas paredes, e a frase de hoje foi fotografada, em Sintra, pela Alexandra.
Esta constatação, escrita na Praça da Alegria, está repetida um pouco por toda a cidade de Lisboa, e é associada a um partido político, o Bloco de Esquerda, que começou por lutar por ideais como este e inscrever esta afirmação em prédios abandonados.
Esta inscrição, numa caixa de eletricidade, em Lisboa, na Av. Visconde Valmor (que o meu amigo Miguel também fotografou noutro ponto da cidade e me enviou), chamou-me a atenção, fazendo-me sorrir. É curioso que vizinhos se procurem para serem felizes para sempre. Quase parece um conto de fadas, uma mini-história, só com o início e…
Tal como diz a frase grafitada, «Quero sonhar». No fundo, quero poder sonhar, porque querer sonhar depende apenas de mim, mas poder sonhar já implica condições externas.
Nesta declaração, escrita numa enorme parede branca, junto da antiga piscina do Areeiro, na Avenida de Roma, em Lisboa, o autor afirma: «Não quero certo.
Para lembrar a data em que se cumprem os 40 anos da reforma do Código Civil português, de 1977, e portanto a data em que ficou legalmente estabelecida a igualdade entre a mulher e o homem na família, optei por partilhar esta fotografia de uma mensagem muito forte, captada em Évora: «desculpa se sou mulher…
A vida seria muito mais fácil se «em cada esquina» houvesse «um amigo», como disse Zeca Afonso e como está pintado na Praça da Alegria; um amigo que, como afirma Alexandre O’Neill, «é a solidão derrotada», é «Um espaço útil, um tempo fértil».
Este provérbio, numa outra formulação do mais conhecido «longe dos olhos, longe do coração», encontra-se pintado nos muros do Parque da Saúde, em Lisboa, junto do rosto de uma pessoa amargurada, com algumas rugas.
Este desejo é, no fundo, um manifesto de liberdade, de vontade de liberdade dos demais e, também, de amor. Desejar que só os beijos tapem a boca de alguém é desejar que essa pessoa fale livremente e, simultaneamente, que só o amor (através do beijo) lhe tape a boca. Já não me recordo onde encontrei…
No Pátio D. Fradique, que ruiu e ainda não foi reconstruído, mesmo junto ao Castelo de S. Jorge, em Lisboa, há uma série de grafitos, entre os quais este, que me impressionou pelas palavras e pela pintura, que, para mim, tem uma força ilustrativa imensa.
Esta frase, que alguém deixou para mim, algures em Lisboa, é o melhor que se pode desejar, seja a quem for.
“Mais Amor» é o apelo que nos é feito nesta inscrição na Rua António Ramalho. E como ponto final ou, neste caso, talvez como ponto de partida, há um morango, muito encarnado, muito doce. Possivelmente porque o amor é fundamental na vida, porque o amor dá unidade à vida, dá-lhe o doce que adoça o…
Esta declaração de amor, meio envergonhada, quase sem jeito, foi escrita a marcador num corredor para os lados do elevador da Bica, totalmente grafitado com tags, riscos, manchas e, por isso, discretamente, por ser muito pequena, contrastava com o ambiente inóspito à volta. Captou o meu olhar este pequeno pedaço de humanidade e ternura, de poesia…
Este «poema inconjunto» de Alberto Caeiro / Fernando Pessoa, escrito numa parede, na Costa do Castelo, é um pequeno monólogo, quase um minidiscurso sobre o desinteresse total.
Este grafito, em Telheiras, perto do estádio do Sporting, tem vários anos, pelo que perdeu já qualidade visual. Porém, aproximando-se o dia de Natal, não poderia ignorá-lo, pelo que, esta semana, ajudar-me-á a abordar este tema.