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Maria Eugénia Leitão


  • «O que é que isso interessa?»

    Esta pergunta, também numa parede de Alenquer, pode querer significar múltiplas interrogações. O autor pode querer perguntar o que é que tudo o que existe interessa, ou que interesse tem algo que ouviu, leu ou de que ouviu falar.

    «O que é que isso interessa?»

  • «A vida é uma doença sexualmente transmissível»

    Esta frase, tão irónica quão verdadeira, cruzou o caminho da minha amiga Ângela em Alenquer.

    «A vida é uma doença sexualmente transmissível»

  • «Agradece aos teus pais!»

    Esta frase, inscrita numa parede em Évora, pareceu-me muito curiosa por não ter um conteúdo político ou contestatário, como é frequente nas frases coladas, ou pintadas nas paredes em grafitos, mas ser, antes, um agradecimento, tal como já era o caso da frase anterior; neste caso, um agradecimento aos pais.

    «Agradece aos teus pais!»

  • «Já estou melhor. Obrigada»

    Este é um grande mistério para quem gosta das frases que existem nas paredes de Lisboa. Na Rua da Vitória, na Baixa, encontra-se este conjunto de azulejos numa parede vazia. 

    «Já estou melhor. Obrigada»

  • «Ser poeta é ser mais alto, é ser maior / Do que os homens!»

    Este muro, na Graça, onde foi pintado o poema «Ser poeta» de Florbela Espanca, é, na minha opinião, uma bela utilização de um muro branco num local onde passam muitas pessoas. Espalhar a poesia pela cidade é levá-la a todos, é partilhar, com todos, as palavras, belas, que ajudam a ver e a interpretar o…

    «Ser poeta é ser mais alto, é ser maior / Do que os homens!»

  • «Sentimos tudo»

    Felizmente, «sentimos tudo»! Mesmo quando aquilo que sentimos não são sentimentos ou sensações agradáveis, é bom sentir a vida e vivê-la na sua plenitude – no que de bom e de menos bom nos acontece. E sentir a vida é, no fundo, vivê-la. É sentir tudo o que está dentro de nós. As nossas vidas sem…

    «Sentimos tudo»

  • A utopia ou o caos

    Creio que muitas são as vezes em que não conseguimos ver alternativas, exceto os dois polos extremos – o bem e o mal, o branco e o preto, ou, neste caso, a utopia ou o caos. Esta expressão, que se colocou no meu caminho na Rua Luís Augusto Palmeirim, em Lisboa, mas que já vi…

    A utopia ou o caos

  • “A culpa é vossa”

    Não podemos radicalizar e extremar tudo em polos opostos, acreditando que, na vida, e na sociedade, apenas é possível a utopia ou o caos.

    “A culpa é vossa”

  • ‘Não somos mercadoria’

    Não sendo nós mercadoria, nem um mero número, um produto que se vende ou compra, acabamos por atuar como se consentíssemos ser tratados assim.

    ‘Não somos mercadoria’

  • “Acorda Portugal”

    Esta afirmação imperativa e a imagem de um despertador, que a acompanha, constituem, ambos, palavras de ordem. Enquanto a imagem indica que «é hora» ou «é hora de acordar», a afirmação ordena a quem passa: «Acorda Portugal». Ao ler este conjunto de palavras, senti-me algo intimidada por se tratar de uma ordem tão direta e…

    “Acorda Portugal”

  • “Os brandos costumes têm limites”

    Num país como o nosso, onde os «brandos costumes» imperam, onde o bom senso, a paciência, a capacidade de encaixe, a resiliência fazem parte do perfil psicológico coletivo, a vida decorre com alguma calma, sem grandes sobressaltos, ao contrário de outros países, como Espanha ou França, só para citar exemplos próximos, na Europa, em que…

    “Os brandos costumes têm limites”

  • «Os brandos costumes têm limites»

    Num país como o nosso, onde os «brandos costumes» imperam, onde o bom senso, a paciência, a capacidade de encaixe, a resiliência fazem parte do perfil psicológico coletivo, a vida decorre com alguma calma, sem grandes sobressaltos, ao contrário de outros países, como Espanha ou França, só para citar exemplos próximos, na Europa, em que…

    «Os brandos costumes têm limites»

  • ‘O feminismo nunca matou ninguém. O machismo mata todos os dias’

    Terminar uma relação, minada desde cedo pelo conflito crescente, é um ato de coragem,

    ‘O feminismo nunca matou ninguém. O machismo mata todos os dias’

  • “Tiro no escuro”

    Esta expressão, impressa numa parede, interpela-me e questiona-me sobre o seu significado. Um «tiro no escuro» é um tiro disparado sem que se veja o alvo, e que pode acertar em qualquer pessoa; é uma tentativa sem certezas, é uma hipótese que se experimenta sem que se possa antever o resultado. E, não será isto,…

    “Tiro no escuro”

  • Tiro no escuro

    Esta expressão, impressa numa parede, interpela-me e questiona-me sobre o seu significado. Um «tiro no escuro» é um tiro disparado sem que se veja o alvo, e que pode acertar em qualquer pessoa; é uma tentativa sem certezas, é uma hipótese que se experimenta sem que se possa antever o resultado. E, não será isto,…

    Tiro no escuro

  • “Debaixo de fogo”

    Esta expressão, bem visível numa parede, incomoda-me, ao passar, por sentir que pode estar a avisar-me de que estou «debaixo de fogo», pelo que devo ter cuidado; ou que, pelo contrário, é o seu autor que se encontra em tal situação e, portanto, me pede ajuda.

    “Debaixo de fogo”

  • Frágil

    Somos capazes de aguentar e enfrentar grandes provações, mas também somos frágeis quando desprevenidos e surpreendidos pela adversidade.

    Frágil

  • “Talvez sejas um organismo demasiado perfeito para que sejas somente aquilo que és”

    É a imperfeição do Homem que lhe dá brilho, que lhe dá cor

    “Talvez sejas um organismo demasiado perfeito para que sejas somente aquilo que és”

  • “Oi, quem és?”

    Esta curiosa interrogação interrompe o caminho de quem passa, perguntando quem somos. É com um misto de surpresa e curiosidade que sou «abordada» por esta questão.

    “Oi, quem és?”