Afinal, é preciso encostar o Governo á parede, para o ministro Paulo Macedo recuar, e a saúde ganhar.
Os responsáveis do BCE disseram recentemente na sua reunião de Sintra (e as decisões por eles tomadas 5ª-feira passada mostram que vão a sério) defender a titularização dos créditos da Banca às empresas e particulares. E o que é isto em linguagem chã?
Acaba de ser anunciado mais um adiamento na data do leilão de venda dos Mirós actualmente nas mãos da Parvalorem (reparem no nome: parva + lorem), herdados dos escombros do BPN. Talvez a única coisa válida herdada dos escombros do BPN, e que poderia valorizar o património nacional, incluindo rentabilizar o dinheiro dos contribuintes.
Vivo entalado entre 2 preconceitos que assumo: por um lado, irrita-me o politicamente correcto das ondas do tempo; por outro, não me revejo na recusa de qualquer evolução social.
Anuncia-se a saída do Padre Manuel Morujão de porta-voz da Conferência Episcopal, ao fim de 6 anos dessas funções tão mal exercidas. É a altura de dignificar o cargo. Mas será que os bispos portugueses, tão avançados noutras coisas, estarão preparados para isso?
A política de inovação em Portugal obtém pior nota desde 2010, segundo a Cotec, num painel de 24 membros, no Barómetro de Inovação (Associação Empresarial para a Inovação). Os inquiridos atribuíram em média apenas 3,6 pontos aos resultados da política da inovação do país, numa escala de 1 a 7. O valor mais baixo de…
O discurso de Passos Coelho a anunciar a (forçada pelos parceiros europeus) saída chamada ‘limpa’ do programa de resgate, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, foi dos mais bem construídos do actual primeiro-ministro, apesar de se lhe atribuirem diversas falhas.
Mira Amaral, ex-ministro de Cavaco e presidente do BIC, e João Duque, presidente do ISEG, consideram que a utilização da página pessoal do Presidente da República no Facebook, para comentar a chamada ‘saída limpa’ do programa de ajustamento, indica que foi o economista a opinar.
A saída do programa de resgate foi como se imaginava e se tinha dito há muito: sem programa cautelar. Chamam-lhe saída limpa. Mas não é. Sujíssima. Primeiro, permanecem todas as limitações externamente impostas, menos o compromisso concreto dos parceiros europeus acorrerem com um novo empréstimo, em caso de necessidade.
Todos os dias os jornais nos dão notícia de como os da troika, em comparação com o actual Governo, até são uns bonzinhos, mais preocupados com os sofrimentos da população portuguesa. As notícias sobre as pressões deles contra as rendas exageradas do gás e da electricidade, ignoradas por Passos, já são antigas.
Vejo nos jornais que a Comissão Europeia de Durão Barroso, lançou um comunicado de balanço do seu mandato, cheio de auto-elogios. Não admira: já foi ele que inaugurou a moda de mentir descaradamente nas campanhas, para logo fazer o oposto no Governo. Até a falta de vigor demonstrada é desculpada por Barroso, dizendo que era…
Afinal, confirma-se academicamente, não são os trabalhadores que estão a viver acima das suas possibilidades, mas sim o capital financeiro. Os rendimentos do capital são largamente superiores, não só aos do trabalho, mas também aos do próprio crescimento económico.
Ler os noticiários dos jornais nestes dias é estar sempre de queixo caído de perplexidade. Vamos lá deixar passar o tal DEO, que contradiz tudo o que fora prometido pelo primeiro ministro, ministra das Finanças e ministro da Presidência e porta-voz dos Conselho de Ministros (que afinal não querem que as eleições se lixem, mas…
O Governo, ao anunciar que se recusa a embaratecer os despedimentos ilegais, como exigia a troika (e como o próprio Governo afirmara antes tencionar fazer) – mostra que afinal não é preciso fazer tudo o que os representantes dos credores mandam. Como de resto a Irlanda, de modo mais enfático e frequente, demonstrara.
Tornou-se moda dizer que acabou a época de crescimentos económicos que permitiam as politicas sociais. É a moda liberal. A que considera ser irresistível que as evoluções tecnológicas sejam só aproveitadas pelos empresários, para competirem melhor com as zonas de escravidão laboral do mundo. E que a globalização exige um empobrecimento geral, apesar das tais…
Este Governo parece ter escolhido só a parte má das teorias liberais – sem sequer ter coragem para as pôr realmente em prática. Sabemos que, em cada avaliação da troika, este organismo, num liberalismo mais coerente e consequente, quer acompanhar as medidas más (cortes nos salários dos funcionários públicos ou nas pensões), de algumas melhores…
Parece confirmar-se que o nosso Governo vai ter de conformar-se com a saída sem plano cautelar, não porque o deseje (como a certa altura parecia), mas porque os parceiros europeus não aceitam outra coisa.
Segundo uma notícia do jornal i, as despesas do Estado em consultoria/assessoria, sem contar com as relativas a sistemas e tecnologias de informação, ultrapassaram os quatro milhões de euros numa semana. Quase meio milhão (479,2 mil euros) foi gasto em serviços jurídicos, 294,5 euros em auditorias e 114,3 euros em estudos.
Leio no jornal uma denúncia de ilegalidade dos concursos da factura da sorte (afinal, não são nenhum maná, e o normal vai ser não se ganhar, como é costume no jogo institucionalizado), feita pelos inspectores do Jogo: os seus termos contrariam a Lei do Jogo. Apesar de o Governo entender que não se trata de…