Em minha opinião, está tudo em aberto. Com o anúncio do acordo com o FMI encerrou-se um capítulo – e as pessoas não vão querer ouvir falar mais sobre estes tempos tão desagradáveis que a sociedade portuguesa atravessou.
Em política, como se sabe, é fundamental ter a iniciativa. A sensação de que um chefe de Governo é ‘empurrado’ por outros e pelas circunstâncias não é boa para quem esteja nessas funções.
A questão é esta: será importante para um país ter como presidente da Comissão Europeia um cidadão que dele seja originário – ou, pelo contrário, será indiferente?
Por mim, continuo a entender que Portugal precisava, durante dois anos, de um Governo firme e determinado, com as lideranças partidárias resguardadas no Parlamento. Não querem? Preferem eleições? O que há-de fazer-se?
A verdade é que, na primeira vez em que Cavaco Silva e José Sócrates ‘estiveram juntos’ no 2.º mandato presidencial, o ‘caldo entornou-se’.
Já com Fernando Nogueira será um pouco diferente. Conheci poucas pessoas que gostassem tanto quanto ele da vida política. Tinha relações privilegiadas com o aparelho partidário e convivia muito bem com o exercício do poder.
O Congresso Extarordinário foi há um ano, mas para mim parece que foi há dez.
«Se há pessoas do meu partido que insistem em cenários de crise política, é porque estão a falar demais», afirmou o líder do PSD. «
«Em 1891, o Estado consegue enfim um empréstimo em Paris, dando como garantia as receitas do tabaco nos próximos 35 anos, mas o montante é imediatamente gasto para pagar dívidas em atraso».
Tenho pena do meu país. Não tem sossego. Agora é a moção de censura. Ora, ainda há poucos dias terminaram as eleições presidenciais…
A situação da toxicodependência em Portugal quase deixou de ser tratada nos discursos políticos e na imprensa.
Cavaco Silva obteve a sua quarta maioria absoluta. É, de facto, impressionante. Foi em 1987, em 1991, em 2006 e, agora, em 2011.