O PS é igual a todos os outros partidos socialistas europeus: um grupo pouco confiável, com reduzido sentido de Estado, mas que protege clientelas, a corrupção, o nepotismo e a arrogância
Muito mais perigoso que uma maioria absoluta do PS é a possibilidade de, com a dispersão do voto da direita e do centro-direita, a esquerda conseguir uma maioria de 2/3 no Parlamento
Sem alternativas, o eleitorado não vota e as maiorias fazem-se com menos votos, o que falsifica a própria democracia
O maior desafio que o Governo português terá na próxima legislatura será o problema do crédito fácil e da tentação de seguir o padrão alemão – aquilo que eu chamaria ‘a tentação de Sócrates’: seguir as facilidades europeias ou manter o rigor orçamental e aumentar ainda mais a divergência do nível de vida dos portugueses…
A direita, capturada pelo discurso ordoliberal do Compromisso Portugal/Observador, espalha a inflexível cartilha ideológica do pós-guerra do século passado
A dinâmica cíclica do sistema de partidos faz com que o PS nunca consiga estar no poder mais de seis anos
Para haver um euro forte e crescimento é necessário um mercado centralizado de capitais e ativos seguros