Quem não tem maturidade para exercer cargos políticos não pode exercê-los. Espero que esta noção não se perca entre os mandamentos dos boys do PS. Repescar Cabrita para qualquer cargo (que provavelmente já lhe estará prometido, em troca do sacrifício hérculeo de agir eticamente) será demasiado desrespeitador para os portugueses.
Bem sei que muitos comentadores já se socorreram das diretas – primeiro, da sua realização, depois, do resultado – para vaticinar um mau resultado nas urnas. Falam de um partido dividido ao meio e incapaz de apresentar uma alternativa de governo. Mas quem assina tal presságio, ou o faz por má fé ou não conhece…
Este é o governo das task forces. Nunca se ouviu tanto falar deste conceito importado. São como os beijinhos da canção do Herman: “ora da cá um, a seguir dá outro, depois dá mais um, que só dois é pouco”. Mas onde reside, afinal, o sucesso destas unidades especiais? Será por ser um estrangeirismo que evoca…
A Saúde é um pilar de uma sociedade democrática. Por isso, não pode deixar de ser prioridade para qualquer governo. É de La Palice. Contudo, da narrativa à ação vai uma distância muito grande. E, se fica bem no programa eleitoral ou de governo, tambem não ficava mal na vida real. Mas a verdade é…
António Costa deu esta semana a primeira entrevista desde o chumbo do Orçamento do Estado e do anúncio de dissolução do Parlamento e consecutivas eleições antecipadas. E, em pouco menos de uma hora, mostrou, mais uma vez, que a sua palavra dada não é para ser honrada. Foram três flic flacs atrás, a terminar com…
Os tempos são conturbados. Foi o governo socialista que viu o seu Orçamento ser chumbado. Foi a gerigonça de esquerda que chegou ao fim. Mas é à direita que os partidos andam “às aranhas”, com dificuldade em acertar agulhas e em constituir boas alternativas de poder para apresentar a votos nas eleições antecipadas. Mais do…
À hora de publicação deste artigo, ainda não é conhecido o voto dos partidos com assento parlamentar na discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2022. Como até ao lavar dos cestos é a vindima, assegura a sabedoria popular, ficamos com algumas horas para avaliar cenários, fazer conjeturas e esmiuçar as diferentes hipóteses em…
Todos os anos, na mesma altura, temos ameaças de crise política. Até durante a pandemia tivemos. Dá-se o drama e o horror do exercício de pensar “e se o orçamento é chumbado?”. Perda de tempo. Falta de memória. Senão, vejamos: desde 1979, alguma vez foi?
Chamem-me insensível, antiquada, obtusa. Provavelmente, sou isso tudo em relação à arte contemporânea. Mas haverá também quem partilhe as minhas dores. Aquilo que não sou é hipócrita.
Não sou apologista de pedidos de demissão de membros do executivo, mas não concebo como poderá João Cravinho continuar em funções, depois desta execrável manobra. A sua manutenção em funções só pode ser interpretada como sintoma de um governo desgastado e enfermo, liderado por um primeiro-ministro cuja autoridade está ferida de morte.
Mais do que penalizar quem não vota, julgo que é mais eficiente premiar quem o faz. Simbolicamente.
Gostamos de fazer valer os nossos direitos e, se acaso nos proibissem de votar, encetaríamos uma acerva luta para que nos devolvesse esse magnânimo bem precioso. Contudo, perto de metade dos eleitores, detentores plenos desse direito, escolhe não exercê-lo e dar toda a capacidade de decisão a outros.
Sou só eu que acho que este executivo está cheio de exemplos de pessoas petulantes, arrogantes e de trato altivo e pretensioso, que se acham melhor do que as outras?
O protagonismo que é dado ao líder acaba por estrangular a instituição, fomentando uma visão míope do que deve ser um partido e a defesa de uma ideologia.
A oposição ficou a saber que escusa de inventar vírus ou armas biológicas naturais para gerar crises económicas e sociais, porque quem se mete com o PS, leva. E não é uma epidemiazita global que vai retirar Costa e sus muchachos do poder. Estão para ficar, uns mais do que outros, mas mais fortes do que nunca
Em democracia, a aposta segura será sempre na cenoura. Nunca no chicote. No incentivo, nunca na obrigação.
Os que enchem o peito para dizer que são livres e que, no exercício dos seus direitos, estão contra a vacina, são os mesmos que bloqueiam acessos, verbalizam insultos e agridem moralmente quem está do lado contrário da barricada. Como se isto fosse uma guerra de certos e errados, de infiéis contra os justos.
Chegou o dia. Chegaram os 40. Para muitos, é apenas um dia a mais do que ontem. Se pensam assim, aviso já que ficarão desiludidos com esta a crónica, que é a mais egoísta de todas, de tão pessoal e intransmissível. Não fala do mundo lá fora. Só fala do mundo cá dentro.
Cada um de nós pode escolher não ler, não ver, virar a cara. Relaxar. Mas há quem tenha outras responsabilidades. A ação e a informação não se podem evadir. Têm de estar lá, como estão o vírus, a pandemia e a ciência. Caso contrário, não haverá “season” mais “silly” do que esta.