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Vicente Jorge Silva


  • ‘Sem qualquer dose de alarmismo’

    No discurso comemorativo do 5 de Outubro, o Presidente da República evocou o último inquérito do Eurobarómetro, segundo o qual “89 por cento dos portugueses tendem a não confiar nos partidos políticos e 73 por cento dizem estar insatisfeitos sobre o modo como a democracia funciona no nosso país. Só em cinco dos 28 Estados…

    ‘Sem qualquer dose de alarmismo’

  • Ironias do destino no PS

    António Costa começou com o pé direito o seu percurso como futuro líder do PS e candidato a primeiro-ministro: escolheu Ferro Rodrigues para líder parlamentar. De facto, não podia ter escolhido melhor entre as opções possíveis.

    Ironias do destino no PS

  • No pântano do amadorismo

    António Guterres demitiu-se em 2001 da chefia do Governo depois da derrota socialista nas eleições autárquicas, que afastaram o PS da presidência das câmaras de Lisboa e Porto. Foi uma decisão muito criticada na altura mas que Guterres justificou com um argumento principal: evitar que o país caísse num “pântano democrático”.

    No pântano do amadorismo

  • O terceiro homem

    Discute-se sobre quem venceu os dois primeiros debates televisivos entre António José Seguro e António Costa. Seguro terá sido mais genuíno nos compromissos assumidos, nomeadamente quando promete demitir-se da chefia do Governo se falhar o objectivo de não aumentar os impostos. Mas a sua imagem pueril passa mal perante o calculismo de um Costa bem…

    O terceiro homem

  • Tempos de desconstrução

    Habituámo-nos a ver a palavra desconstrução associada a conceitos filosóficos, estéticos ou arquitectónicos, mas ela surge hoje como a que talvez melhor defina uma enorme variedade de situações contemporâneas que, à partida, nada têm em comum – desde as novas realidades geopolíticas (Ucrânia, Médio Oriente) até certas ‘reformas estruturais’ que, na sequência da intervenção da…

    Tempos de desconstrução

  • Draghi e o efeito mágico

    Sempre que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, decide ser um pouco mais ousado e aparentemente mais inconformista nas suas declarações, desencadeia-se uma espécie de efeito mágico nos mercados, suscitando uma onda súbita de optimismo económico numa Europa habituada à depressão. Foi assim quando, no período mais agudo da crise de confiança…

    Draghi e o efeito mágico

  • O horror numa imagem

    Todas as ideologias e regimes totalitários têm como uma das suas traves mestras a propaganda. Foi através dela que o nazismo e o estalinismo (ou seus derivados) se implantaram e expandiram no século XX, não olhando a meios para legitimar as formas de opressão mais aterradoras, o extermínio implacável dos adversários ou a própria prática…

    O horror numa imagem

  • Um milagre segundo Le Monde

    O editorial de quarta-feira de Le Monde, um dos jornais mais influentes e respeitados da imprensa internacional, é dedicado ao caso Espírito Santo, na sequência da decisão do Banco de Portugal (BdP) em separar as águas do BES entre um banco «bom», o Novo Banco, e um banco «mau», reunindo os activos tóxicos do Grupo…

    Um milagre segundo Le Monde

  • Prisioneiros do absurdo

    Tal como os horrores do mundo de que falava na crónica anterior, assistimos hoje à multiplicação de situações absurdas, aparentemente inexplicáveis e inverosímeis, mas que, passado um primeiro choque de estupefacção, acabam por banalizar-se aos nossos olhos como reflexos de uma nova normalidade, uma realidade virada do avesso ou colocada de pernas para o ar. 

    Prisioneiros do absurdo

  • Um mundo de horrores

    Pelo menos desde o início deste século que não assistíamos à eclosão simultânea de tantos horrores em várias partes do mundo. Horrores produzidos pela demência dos homens e encarados com indiferença e cinismo pelos que, em número crescente, se acomodam à sua banalização. 

    Um mundo de horrores

  • A esquerda pode morrer?

    Comentando há cerca de um mês a situação política francesa, na sequência da vitória da Frente Nacional e da hecatombe socialista nas eleições europeias, o primeiro-ministro Manuel Valls lançou um sombrio prognóstico: «Sim, a esquerda pode morrer…». 

    A esquerda pode morrer?

  • Abençoado Espírito Santo?

    Porque é que o Banco Espírito Santo (BES), depois de ter aparentemente saído do limbo, volta a ser perseguido pela sombra da maldição familiar? A designação da nova trindade directiva (Vítor Bento, Paulo Mota Pinto e Moreira Rato) provocara alguns dias de alívio e a recuperação do valor das acções do banco, mas a partir…

    Abençoado Espírito Santo?

  • Contra o aborrecimento europeu

    Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano, é uma personagem verdadeiramente singular. Pela sua juventude (tem 39 anos), pelas suas origens e percurso político (chegou à liderança da esquerda democrática italiana vindo de uma iniciação na democracia-cristã e no escutismo) e pela irreverência e energia que o tornaram rapidamente o mais popular político italiano e europeu. Foi ele,…

    Contra o aborrecimento europeu

  • A maldição do Espírito Santo

    Não há ódios mais persistentes e mortíferos do que os ódios  de  família.  E  se  aos laços  de  sangue  se  juntarem  os do poder e do dinheiro então fica completo o cenário que inspirou tantas tragédias, dramas romanescos e folhetins televisivos, pelo menos desde Shakespeare até à tradição das soap operas como Dallas e Dinasty.

    A maldição do Espírito Santo

  • Palavras no vazio

    Os discursos presidenciais de 10 de Junho parecem condenados a ser meros exercícios de retórica no vazio de uma efeméride que merecia, sem dúvida, outra celebração mais imaginativa, empenhada e mobilizadora. 

    Palavras no vazio

  • Voto útil, vitória inútil

    Na semana passada, defendi aqui que «só mesmo o voto útil no PS pode fazer a diferença e servir para virar a página». 

    Voto útil, vitória inútil

  • O voto que (ainda) resta

    O sentimento de inutilidade do voto europeu tem-se exprimido, ao longo dos tempos, através de uma esmagadora abstenção. Desta vez, nalguns países onde o eurocepticismo foi degenerando em eurofobia e anti-europeísmo, quem comanda a corrida eleitoral são forças extremistas e populistas cujo programa comum é a saída do euro – e da própria União Europeia…

    O voto que (ainda) resta

  • Três manchetes

    No domingo passado, o Público, o Diário de Notícias (DN) e o Correio da Manhã (CM) traziam manchetes tão diversas como são as orientações e audiências dos três diários. Mas apesar dessa diversidade detectava-se uma rara convergência de sentido entre elas. 

    Três manchetes

  • Jogo de enganos

    Nada teve de surpreendente a convergência de posições entre o Governo de Passos Coelho, a troika e personalidades europeias sobre a ‘saída limpa’ de Portugal do programa de resgate. No seu discurso festivo de domingo passado, o primeiro-ministro limitou-se a invocar, quase a papel químico, os argumentos utilizados pelo seu colega Enda Kenny para justificar…

    Jogo de enganos