o relatório dos registos das ig em 2012, hoje divulgado no site da
dgs, refere que neste período foram realizadas 18.924 interrupções de
gravidez, das quais 97,3% (18.408) por opção da mulher até às 10
semanas, conforme prevê a lei.
foram menos 1.513 as ig registadas em 2012, face ao ano anterior.
o
documento divulgado pela divisão de saúde sexual, reprodutiva, infantil
e juvenil da dgs apresenta a “grave doença ou malformação congénita do
nascituro” como o segundo motivo mais frequente de ig (437 registos, ou
seja, 2,3 por cento).
“evitar perigo de morte ou grave e duradoura
lesão para a saúde física ou psíquica da grávida” foi o objectivo de 54
ig, enquanto a ”gravidez resultante de crime contra a liberdade e
autodeterminação sexual” justificou 13 interrupções.
doze ig
foram o “único meio de remover perigo de morte ou grave lesão para o
corpo ou para a saúde física ou psíquica da grávida”.
o documento indica que 69,7% das intervenções foram realizadas no serviço nacional de saúde (sns).
em
termos da idade da mulher, a dgs refere que as classes em que se
verificaram mais ig correspondem aos 20-24 anos (23,1%), 25-29 anos
(20,6%) e 30-34 anos (20,2%), o que corresponde a 63,9% do total das ig
realizadas por opção até às 10 semanas.
“a ig em mulheres com
menos de 20 anos mantém uma tendência decrescente (11,7 por cento em
2011 e 11,2 por cento em 2012)”, o que a dgs atribui à diminuição de
casos observados nos grupos de 15 aos 19 anos e aos menores de 15 anos.
o
documento apresenta em 2012, e novamente, um aumento de ig na categoria
de “desempregadas”: 22,7 por cento dos registos, ou seja, a categoria
predominante.
“a categoria de trabalhadoras não qualificadas
aumentou e assistiu-se a uma diminuição da categoria agricultoras,
operárias, artífices e outras trabalhadoras qualificadas (16,3 por
cento)”, lê-se no relatório.
as ig em “estudantes” mantiveram-se constantes.
lusa / sol