Alemã condenada a 10 anos de prisão por deixar morrer criança yazidi, amarrada a uma janela a suportar temperaturas de 50 graus celsius

O assassinato ocorreu na cidade iraquiana de Fallujah.

Jennifer Wenisch, uma alemã dos 30 anos de idade que se converteu ao islamismo foi condenada 10 anos de prisão por crimes de guerra e crimes contra a humanidade esta segunda-feira pelo assassinato de uma menina Yazidi, de 5 anos de idade, que foi acorrentada ao sol para morrer.

A mulher foi considerada culpada de escravizar uma outra mulher da religião yazidi e o seu filho de cinco anos, e de não ter feito nada enquanto o seu marido amarrava a menina a uma janela da parte exterior da casa com temperaturas de cerca de 50 graus celsius – uma punição por ter urinado na cama. O assassinato ocorreu na cidade iraquiana de Fallujah.

“A vítima estava sem defesa e sem ajuda”, disse o juiz Joachim Baier ao pronunciar a sentença, citado pelo The Telegraph. “Era de esperar desde o início que a criança, que estava amarrada contra o calor do sol, corresse perigo de vida. Mas [Ela] não fez nada para ajudar, embora isso fosse possível e razoável". Jennifer Wenisch foi ainda considerada culpada por ameaçar a mãe da criança que se encontrava desesperada e a chorar pela sua filha, que teve de permanecer ao serviço do casal.

Wenisch converteu-se ao Islão em 2013 e depois viajou para o Iraque, quando se casou com Taha al-Jumailly – que faz parte do grupo jihadista Estado Islâmico (EI). O tribunal concluiu que, por ser membro desse grupo, a mulher apoiou a “escravidão do povo Yazidi” e tentou “destruir a religião Yazidi”. Wenisch tentou ainda argumentar em sua defesa dizendo que era praticamente impossível prevenir o assassinato da criança porque como mulher, não podia desafiar seu marido.