AstraZeneca acredita que ainda poderá haver vacina contra a covid-19 até ao final do ano

Recorde-se que os ensaios da vacina desenvolvida pela farmacêutica e pela Universidade de Oxford foram interrompidos após surgir uma “doença potencialmente inexplicável”, que pode ter um efeito secundário grave, num participante nos testes, no Reino Unido. 

A AstraZeneca admitiu, esta quinta-feira, que ainda existe a possibilidade de haver uma vacina até ao final deste ano, apesar da suspensão dos ensaios do projeto desenvolvido pelo grupo e pela Universidade de Oxford.

"Podemos ainda ter uma vacina até ao fim do ano, início do próximo ano", disse o diretor-geral do grupo, durante uma conferência online.

Pascal Soriot explicou, no entanto, que a decisão de retomar os ensaios não depende do grupo de que está à frente, mas sim de um comité de peritos independentes.

O responsável sublinhou que a pausa nos ensaios não é uma coisa fora do normal, defendendo, porém, que esta pausa teve mais repercussão devido ao interesse na vacina, que era considerado um dos projetos mais promissores na luta conta a propagação da covid-19

Recorde-se que os ensaios foram interrompidos após surgir uma "doença potencialmente inexplicável", que pode ter um efeito secundário grave, num participante nos testes, no Reino Unido. A vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford foi testada em dezenas de milhares de voluntários, no Reino Unido, Brasil, África do Sul e, mais recentemente, nos Estados Unidos. Os ensaios foram interrompidos na última fase de desenvolvimento. Das 35 vacinas que a Organização Mundial de Saúde tem registadas como vacinas candidatas, nove estão na última etapa ou prestes a entrar nesta fase.

Apesar das declarações do responsável, a Agência Europeia do Medicameto (EMA, na sigla em inglês) estima que poderá demorar até, pelo menos, ao início de 2021 "até uma vacina contra a covid-19 estar pronta, aprovada e disponível em quantidade suficiente" para uso mundial.