tudo começou quando, em 2009, malala escreveu um diário para a bbc urdu, do paquistão, onde descrevia as condições de vida na região do vale swat durante os dois anos em que esteve sob o domínio dos talibãs (de 2007 até 2009, altura em que uma ofensiva das forças militares paquistanesas os afastou do poder).
durante esse período, os rebeldes paquistaneses promulgaram a lei islâmica em toda a região, proibindo, por exemplo, as raparigas de frequentar a escola e a reprodução de música nos carros. o diário da jovem denunciava a repressão e reivindicava os direitos e liberdades para o sexo feminino, nomeadamente o direito de acesso à educação básica.
depois da publicação do diário, um militante armado atingiu a jovem de 14 anos na cabeça quando saía da escola na terça-feira, alegadamente por «promover o secularismo». outras duas colegas de malala também ficaram feridas.
mas era a jovem blogger o alvo do tiroteio. segundo relatos de uma das colegas que acompanhava malala, os homens armados aproximaram-se da escola numa carrinha e perguntaram explicitamente qual das três era malala yousafzai.
os talibãs paquistaneses reivindicaram logo a autoria do tiroteio, que desencadeou condenação internacional imediata. um porta-voz do grupo islâmico admitiu inclusivamente que a vida da jovem não será poupada, caso sobreviva ao primeiro ataque.
de acordo com a bbc, as autoridades paquistanesas estão a considerar a melhor maneira de assegurar protecção para a jovem activista.
o ano passado, malala yousafzai foi nomeada para o prémio internacional da paz, destinado aos menores de idade, e foi premiada a nível nacional pela sua luta pela paz e pelo direito à educação.
sol