Burlas a idosos cresceram 11% em 2020. Ilícitos na informática e comunicações com maior incidência

O distrito do Porto foi onde se registou o maior número de ocorrências, 243, seguindo-se o distrito de Setúbal, com 211, e Lisboa, onde a GNR assinalou 162 casos de burlas a idosos. 

A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 1.587 crimes de burlas a idosos no ano passado – um aumento de 11% quando comparados com os 1.412 anteriores -, sendo que os distritos do Porto e de Setúbal lideram o número de casos reportados, segundo informação adiantada à força de segurança anteriormente referida. Foram detidas “seis pessoas em flagrante delito”.

Deste modo, constata-se que o distrito do Porto foi onde se registou o maior número de ocorrências, 243, seguindo-se o distrito de Setúbal, com 211, e Lisboa, onde a GNR assinalou 162 casos de burlas a idosos. Por outro lado, os distritos que registaram menos ocorrências foram Bragança, com 17, Vila Real, com 21, e Portalegre, onde 23 casos foram registados.

Importa referir que as “burlas informáticas e nas comunicações” foram as que registaram maior incidência, com 331 ocorrências registadas, seguindo-se as “burlas com fraude bancária”, com 169 ocorrências. A Guarda Nacional Republicana alertou ainda para outros métodos de burlas no âmbito da covid-19, já noticiadas pelo i anteriormente, em que "o burlão aborda a vítima dizendo que irá ser notificada para ser vacinada, a meio do diálogo diz à vítima que necessita de descontaminar/desinfetar a moradia das vítimas com finalidade de ter acesso aos bens da vítima e no final os burlões acabam por levar os bens”.

É de salientar que um estudo efetuado revelou que existe “uma percentagem mais alta de vítimas do sexo masculino com 938 casos e 649 vítimas do sexo feminino”, apontando, no entanto, que as vítimas são escolhidas de “forma aleatória”. Consequentemente, a GNR alertou para a estratégia dos burlões que, em regra, “são homens e mulheres bem vestidos, bem-falantes”, que se apresentam como “familiares, amigos de familiares ou funcionários de alguma empresa” e "usam o conto do vigário para ludibriar as vítimas, ou aproveitam a mudança de notas para convencer os idosos a entregar o dinheiro ‘antigo’ que possuem, garantindo que será entregue o mesmo montante em notas novas”.