Buzz Aldrin avança com processo contra filhos

O antigo austronauta alega que lhe estão a tentar roubar os bens

O segundo homen a pisar a lua, Buzz Aldrin, de 85 anos, vai processar os dois filhos e a sua antiga empresária por lhe terem tentado roubar o dinheiro, segundo o próprio. Os visados alegam que Aldrin está em "declínio mental", não conseguindo gerir os seus próprios bens. 

"Que ninguém pense que eu preciso de um guardião", disse Aldrin numa entrevista ao jornal norte-americano "The New York Times". Opinião partilhada pelo seu médico, James Spar, que, numa carta ao advogado do antigo astronauta, afirmou acreditar que "ele é perfeitamente capaz de gerir as suas necessidades físicas, alimentares, vestuário e abrigo, e de administrar as suas finanças e de resistir a fraudes e influências indevidas". 

O processo deu entrada num tribunal da Florida, Estados Unidos, por os dois filhos terem entregue na mesma instituição uma petição para passarem a gerir a sua fortuna. "Especificamente, o réu Andrew Aldrin, como fiduciário, não informa o queixoso sobre as transações comerciais pendentes ou futuras, retira grandes somas de dinheiro das contas do queixoso e continua a representar o queixoso em atos empresariais e sociais apesar dos repetidos pedidos do mesmo para que as termine", pode ler-se na queixa. 

No processo, Aldrin também acusa os seus dois filhos de se apoderarem da memorabília espacial e de artefatos da sua viagem à lua no valor de milhões de euros, além de os acusar de calúnia por publicamente alegarem que o ex-astronauta sofre de Alzheimer. 

Ao tomarem conhecido do processo, os dois filhos de Aldrin, Andrew e Janice, afirmaram em comunicado estarem triste por este processo "injustificável". "A nossa família é resiliente e a nossa capacidade para trabalhar em conjunto na resolução de problemas e realizar grandes feitos é forte", lê-se no comunicado. 

Buzz Aldrin integrou a missão espacial Apollo 11, que viajou até aterrou na lua em 1969, ficando para a História. No mês passado, Aldrin encontrou-se com o presidente norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca aquando do anúncio deste último para o Pentágono avançar com a criação de uma "força espacial".