“A Gaiola Dourada”, do cineasta luso-francês Rubem Alves, estava nomeado para a categoria de melhor primeiro filme, mas o prémio foi para o filme de Guillaume Gallienne.
Quem também não venceu o prémio para que estava nomeada foi a actriz Julie Gayet, que na cerimónia da entrega dos Césares, fez a sua primeira aparição pública depois da revelação da sua ligação amorosa com o Presidente da França, François Hollande,
A chegada de Gayet ao tapete vermelho pôs fim a uma ausência pública que remonta a 10 de Janeiro, data em que foi revelado por uma revista a sua relação com o Presidente francês, de 58 anos.
A comediante de 41 anos foi nomeada para a categoria de melhor actriz secundária pelo seu papel no filme “Quai d’Orsay”, do realizador Bertrand Tavernier, mas a vencedora da categoria acabou por ser Adéle Haenel, pela sua interpretação no filme “Suzanne”.
O grande vencedor, uma comédia autobiográfica de Guillaume Gallienne que fala dele próprio e da sua mãe, apesar de aparecer também atrás da câmara, levou 2,6 milhões de espectadores às salas de cinema após a sua estreia em França, em Novembro. Gallienne alcançou ainda os Césares para melhor actor, melhor primeiro filme, melhor adaptação e melhor comédia autobiográfica.
O cineasta de origem polaca naturalizado francês Roman Polanski, obteve o César para melhor realizador com o filme “Vénus de Vison”, uma história que envolve um mestre de cena e uma actriz, com laivos de sadomasoquismo, que mistura arte e realidade.
Este foi o terceiro César atribuído a Polanski como melhor realizador e o seu oitavo César no total.
O César para melhor actriz foi entregue a Sandrine Kiberlain pelo seu papel na comédia “9 mois ferme”, do realizador Albert Dupontel. Neste filme, a actriz, de 46 anos, encarna com um talento burlesco uma juiz de instrução que se encontra grávida de um detido.
Lusa/SOL