Confinados que pediram voto antecipado não estavam em casa para votar

O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses não confirma o número de cidadãos que terá violado o confinamento obrigatório, mas diz que são mais “do que seria expectável”. 

Cerca de 12 mil pessoas, entre idosos em lares e pessoas em confinamento obrigatório, pediram para exercer o direito de voto no seu domicílio. Esta terça-feira as equipas, organizadas pelas autarquias, começaram a recolher os boletins de voto porta-a-porta, mas deram conta de casos de violação do isolamento. 

A denúncia é feita por Manuel Machado, presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que considerou a situação “incompreensível”. "Há coisas incompreensíveis. Quem tem a determinação das autoridades de saúde para ficar no domicílio, tem de ficar no domicílio. Foram extraídas certidões de moradores que se inscreveram e que estão confinados obrigatoriamente, mas não estão em casa", afirmou, citado pela agência Lusa. 

De acordo com Manuel Machado, “as equipas que vão recolher o voto e veem que o cidadão não está em casa”, registam a situação e participam às autoridades. O presidente da ANMP não confirma o número de cidadãos que terá violado o confinamento, mas diz que são mais “do que seria expectável”. 

Os idosos em lares ou infetados em confinamento obrigatório que pediram o voto antecipado vão poder votar entre esta terça e quarta-feira. A recolha dos boletins de voto é feita por equipas das autarquias, devidamente equipadas para prevenir o contágio do novo coronavírus.