Contrafação e pirataria ‘roubam’ 22 mil empregos a portugueses

A contrafação origina não só perdas monetárias mas também a perda de empregos, visto os fabricantes legítimos “produzirem menos do que o que produziriam se não existisse confração, empregando, consequentemente menos trabalhadores”.

Num relatório que analisa a violação dos direitos da propriedade inteletual, realizado pelo Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) concluiu-se que “o valor total das perdas de vendas em Portugal equivale a 111 euros por cidadão português ao ano”, de acordo com a agência Lusa

O relatório que vai ser publicado ainda esta quinta-feira tem em conta as infrações nos setores de cosmética e produtos de cuidados pessoais, vestuário, calçado e acessórios, artigos de desporto, brinquedos e jogos, artigos de joalharia e relojaria, malas de mão e de viagem, indústria discográfica, bebidas espirituosas e vinhos, produtos farmacêuticos, pesticidas e smartphones.

Das atividades analisadas, é no setor de vestuário, calçado e acessórios que existem mais perdas devido à contrafação. Segundo o EUIPO, em Portugal cerca de  “635 milhões de euros por ano, ou seja, cerca de 14% das vendas” são perdidos. 

No setor dos produtos cosméticos e produtos de cuidados pessoais as perdas no mercado nacional atingem "145 milhões de euros, o equivalente a 15,1% de todas as vendas no setor", lê-se no mesmo documento.

Na União Europeia, as perdas equivalem a 7,4% de todas as vendas nos setores analisados.

A contrafação origina não só perdas monetárias mas também a perda de empregos, visto os fabricantes legítimos “produzirem menos do que o que produziriam se não existisse contrafração, empregando, consequentemente menos trabalhadores”. A EUIPO calcula que exista uma perda de cerca de 468.000 postos de trabalho.  Em Portugal, este impacto está avaliado em mais de 22 mil empregos.