«Há meses que o Presidente [Barack Obama] diz que temos de nos unir, de chegar a um compromisso», disse Axelrod no programa ‘Face the Nation’ da televisão CBS. «Julgávamos ter chegado a acordo com o ‘speaker’ da Câmara de Representantes [John Boehner], mas ele foi falar com os seus deputados e acabou por ter de ceder às vozes mais estridentes do partido [Republicano]».
A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) reduziu na sexta-feira a nota dos EUA de AAA (a máxima) para AA+, pela primeira vez na história dos EUA. Os dirigentes da S&P têm argumentado que a decisão foi motivada mais por factores políticos que pelos fundamentos da economia norte-americana.
«Pode-se debater a qualidade da análise [da S&P]», disse Axelrod. «A verdade é que esta redução se deve essencialmente ao Tea Party».
O Tea Party é um movimento que agrega várias organizações da direita americana com ligações ao Partido Republicano e que defende cortes substanciais da despesa pública e a redução ao mínimo da intervenção do Estado federal.
Os congressistas republicanos afectos ao Tea Party têm-se mostrado indisponíveis para apoiar planos de consolidação orçamental que incluam aumentos de impostos ou que não façam grandes reduções à despesa pública.
Lusa/SOL