Emigrantes ajudam Partido Livre

O novo Partido Livre, lançado por Rui Tavares, alargou o processo de legalização para além das fronteiras nacionais. “Neste momento a recolha de assinaturas decorre da Austrália ao Brasil e aos EUA. Está a ser feita em cinco continentes”, diz ao SOL o eurodeputado.

amanhã, em lisboa, o ‘livre’ realiza a sua assembleia constitutiva e divulga um “manifesto da diáspora”, documento de jovens que saíram do país por efeito da crise e que “pretendem trazer para portugal as experiências dos sistemas políticos e sociais dos países onde trabalham”.

na semana em que foi também conhecido um manifesto de personalidades de esquerda (incluindo o ex-dirigente do be daniel oliveira e carvalho da silva, ex-líder da cgtp), o rosto do partido livre diz que não sente o projecto como uma ameaça. “o manifesto confirma o diagnóstico que fizemos. e pode abrir o caminho a novas formas de cooperação”, diz tavares.

já o coordenador do be joão semedo afirma ao sol que não sente que a iniciativa de daniel oliveira menorize o seu partido: “pelo contrário, registo que o manifesto inclui importantes posições programáticas do be o que é um sinal da sua influência e abrangência”.

semedo é mais contido quando se trata de avaliar a sua principal proposta, uma candidatura conjunta nas europeias. “não basta a intenção de convergência, esperamos que ela se defina em termos de proposta”.

rui tavares afirma que as legislativas são o essencial. e lembra que “é preciso contar com o ps” – recado para o manifesto, que para já só contactou o be, a renovação comunista e o partido livre.

manuel.a.magalhaes@sol.pt