Escombros da torre 4 retirados em três a quatro semanas

O comandante da Polícia Municipal do Porto, Leitão da Silva, afirmou hoje que serão necessárias entre três a quatro semanas para retirar as nove mil toneladas de escombros da torre 4 do bairro do Aleixo.

“se acontecer como da última vez, são três a quatro semanas para retirar os destroços”, disse, explicando serem necessários 350 camiões, com capacidade para transportar 25 toneladas cada um, para retirar os destroços do edifício de 13 andares que foi implodido.

a torre 4 do bairro do aleixo foi demolida por implosão, às 11:13, numa operação que envolveu mais de 300 operacionais e obrigou a retirar 410 pessoas do perímetro de segurança.

o presidente da câmara do porto, rui rio, admitiu demolir em 2013 “uma ou nenhuma” das torres do bairro do aleixo e recusou realojar moradores do bloco 1 que associou ao tráfico de droga só para dizer ser “o maior”.

o autarca explicou ainda que quer os actuais, quer os já realojados moradores do bairro poderão optar pelas “casas novas” que o fundo de investimento imobiliário está a construir na baixa.

rio considerou ainda que o processo de demolição total do bairro é irreversível, afirmando que tal “não é possível”, sendo necessário “levar o projecto até ao fim”.

o comandante da polícia municipal afirmou que o processo de implosão da torre 4 “decorreu como estava previsto, à hora prevista e sem incidentes”.

“tudo normal, tanto mais que a rua já não precisa sequer de operações de limpeza urbana. a implosão decorreu como estava planeada e esperamos que tudo corra bem agora com o regresso das pessoas”, acrescentou leitão da silva.

após a demolição das duas primeiras torres do aleixo, nos três prédios restantes no bairro vivem, actualmente, 138 famílias, tendo sido realojadas outras tantas.

vários adolescentes, mulheres e homens emocionados com a implosão da torre 4 choraram e gritaram segundos depois da demolição, havendo também quem chamasse “gatuno” ao presidente da câmara do porto.

mal a polícia permitiu, dezenas de pessoas invadiram os escombros do edifício, após esperarem mais de uma hora para poder aceder aquela zona do bairro.

lusa/sol