a dívida bancária municipal relativa ao ano passado situa-se nos “102 milhões de euros”, menos oito do que a de 2011, destacou o autarca.
o euro 2004 foi um exemplo da “estratégia para o desenvolvimento para o abismo” que portugal seguiu, comentou, reafirmando, assim, a suas críticas àquele evento desportivo e aos investimentos que o mesmo exigiu, que no porto incidiram nas zonas dos estádios do dragão e do bessa.
rio falava na reunião pública da câmara, no ponto sobre as contas do município portuense relativas a 2012 – que foram aprovadas com os votos favoráveis da maioria psd-cds/pp, contra da cdu e a abstenção dos quatro vereadores do ps presentes.
as contas estão em linha com as dos últimos anos, mantendo o “equilíbrio financeiro” que o actual executivo ser uma das marcas essenciais da sua gestão.
“o que salta mais à vista” é a redução quase geral das receitas.
rui rio disse que “a receita corrente” caiu 6,8% e, de entre esta, realçou que a receita fiscal de 2012 baixou quase 10% face ao ano anterior.
o imi foi melhor do que a autarquia esperava, mas o imt sofreu “uma quebra grande”, de 6,8 milhões de euros.
a despesa também caiu, reflectindo o facto de a economia portuguesa estar “em baixa”. em 2012, o município teve uma despesa total de 154 milhões de euros, contra 186 milhões em 2011.
o ps apenas questionou a decisão do executivo camarário de prorrogar “por dois anos” os contratos-promessa através dos quais conta pagar 24,5 milhões de euros às empresas que tinham terrenos no parque da cidade e que o executivo liderado por rio expropriou, inviabilizando que se construísse neles.
esses contratos prendem-se com terrenos situados junto à futura avenida d. pedro iv (antiga via nun’ álvares), que já deviam ter sido accionados para fazer o pagamento, e foram “objecto de prorrogação por mais dois anos”, informa o relatório de prestação de contas de 2012 da autarquia.
rio disse ao ps que “não há no mercado condições” favoráveis, razão porque o negócio ainda não avançou.
“se o mercado o permitisse, isto estava já completamente resolvido”, considerou.
a cdu, por seu lado, fez uma crítica geral às contas municipais, considerando que confirmam a opção da actual maioria municipal psd/cds de “juntar mais crise à crise”, num contexto económico e social adverso.
o vereador pedro carvalho referiu a “queda substancial no investimento” e defendeu que a autarquia “devia utilizar os recursos disponíveis e a sua capacidade de endividamento” para investir, realizar “mais despesa social” e desse modo “contrariar a crise”.
lusa/sol