Evacuados de Fukushima protestam contra a Tepco

Mais de 20 pessoas protestaram em frente à sede da Tepco, empresa que gere a central nuclear de Fukushima, exigindo compensações pelos efeitos causadas pelas «gestão danosa» da central nuclear de Fukushima.

220 quilómetros foi a distância percorrida pelo grupo de pessoas até à sede da tepco, em tóquio, para exigirem compensações por terem sido evacuados devido à radiação emitida pela central nuclear de fukushima.

o grupo representa apenas uma fatia parcial dos milhares que foram obrigados a abandonarem as suas casas, num raio de 20 quilómetros em redor de fukushima, fruto das crescentes fugas de radiação que têm sido registadas.

a frustração do grupo de japoneses foi formalizada por via de uma carta entregue a quatro representantes da tepco, segundo noticia o the huffington post.

«não peço nada mais do que aquilo a que tenho direito», exaltou ichijiro ishikawa, dando voz a uma reclamação partilhada pelos restantes membros do grupo que se deslocou a tóquio.

o grupo reivindicou contra o que consideram ser uma «gerência danosa» dos trabalhos na central nuclear de fukushima, onde têm sido dirigidos esforços quase incessantes à refrigeração dos seus reactores.

perante o descontentamento do grupo, os quatro representantes da empresa apresentaram um pedido de desculpa, aos qual se seguiu o pedido oficial de masataka shimizu, presidente da empresa.

«presto as minhas desculpas pelas fugas de radiação», disse, aquando de uma conferência de imprensa, reforçando: «peço desculpa do fundo do meu coração».

masataka shimizu assegurou ainda que todas as cidades afectadas pelas medidas de segurança inerentes à situação da central de fukushima vão ser indemnizadas em cerca de 165 mil euros.

o pedido oficial de desculpas surge numa altura em que o número de pessoas evacuadas supera as 200 mil, a par da instável situação dos reactores nucleares de fukushima, cuja situação já escalou ao nível 7 no rating de perigo radioactivo (nível apenas atingido por chernobyl, em 1986).

no mesmo dia o governo japonês anunciou, pela primeira vez em seis meses, que o crescimento económico do país vai ser afectado por quebras nos níveis de produção e consumo.

sol