em comunicado enviado às redacções, a junta de freguesia da estrela (liderada pelo psd/cds-pp/mpt) faz saber que recusa a solução proposta pela câmara municipal de lisboa de colocar contentores de obras para depósito do lixo, justificando que esta solução apenas concentra os resíduos em locais específicos e não os retira das ruas.
“perante a actual situação de falta de recolha do lixo na maioria das ruas da estrela e a consequente situação de perigo para a saúde pública, o presidente da junta de freguesia activou o plano de emergência para resíduos, criado com vista a evitar a continuação da degradação do nosso espaço público e integrado no plano de protecção civil da estrela”, lê-se no comunicado.
segundo a junta, trata-se de um plano criado em novembro “face à previsibilidade desta situação” e que passa pela “activação de uma unidade de intervenção rápida para a remoção dos resíduos urbanos da freguesia”, já que considera “impossível” que a população guarde o lixo em casa durante 10 dias.
durante a próxima semana a junta compromete-se a remover o lixo das ruas, indo depois entregá-lo nos espaços da câmara para o efeito, já que a autarquia se mostrou disponível para colocar o lixo num espaço adequado.
os cantoneiros de lisboa estão em greve desde terça-feira e até 05 de janeiro, em protesto contra a transferência de competências da câmara para as juntas de freguesia, como a limpeza das ruas (a recolha do lixo permanece sob gestão do município).
os sindicatos temem pelos direitos dos trabalhadores que vão passar para as juntas e entendem que a passagem de serviços para estas autarquias pode abrir portas à privatização.
na sexta-feira, o presidente da câmara de lisboa, antónio costa (ps), admitiu que os problemas de higiene urbana decorrentes da greve na recolha do lixo só deverão estar resolvidos a partir do dia 10 de janeiro.
o autarca referiu que o vínculo público dos trabalhadores “está garantido” e que todos os direitos serão mantidos.
lusa/sol