Fugitivo americano confirmou factos que levam à sua extradição

O homem de origem norte-americana detido na segunda-feira pela Polícia Judiciária, em Colares, Sintra, reconheceu a veracidade dos factos que constam do seu pedido de extradição pelas autoridades dos EUA, disse hoje à Lusa fonte judicial.

a mesma fonte adiantou que george wright, que se evadiu de uma cadeia norte-americana há 41 anos, opôs-se à extradição e manifestou a intenção de não cumprir a restante pena de prisão nos eua, onde foi condenado em 1962 por homicídio.

a fonte revelou ainda à agência lusa que, até ao momento, o detido, que está em prisão preventiva ao abrigo do processo de extradição, não está indiciado pela prática de qualquer crime em portugal.

george wright apresentou um bilhete de identidade (bi) português, emitido pelos serviços de identificação de lisboa em 19 de agosto de 2004, em nome de josé luís jorge santos, nascido a 29 de março de 1943.

da documentação apresentada às autoridades judiciárias consta ainda que o cidadão é natural da guiné-bissau, país onde pediu asilo político na década de 80.

neste momento as autoridades portuguesas estão a investigar a forma como obteve o bi português, sem levantar suspeitas.

george wright, de 68 anos, norte-americano condenado por homicídio e procurado há 41 anos pelas autoridades dos eua, foi detido na segunda-feira em sintra pela pj em cumprimento de um mandado de detenção internacional e encontra-se em prisão preventiva. o tribunal da relação irá agora decidir uma eventual extradição, a que o detido se opõe.

vivia há cerca de 20 anos em portugal sob identidade falsa, com o nome de josé luís jorge dos santos, tem dois filhos de 24 e 26 anos e é casado com uma cidadã portuguesa.

george wright foi condenado em 1962 por homicídio e fugiu da cadeia de bayside, em leesburg (nova jérsia), em 1970, após cumprir sete anos de cadeia.

dois anos mais tarde participou com vários cúmplices no desvio de um avião de uma companhia aérea norte-americana para a argélia. antes de se fixar em portugal viveu ainda na guiné-bissau.

lusa/sol