Os factos remontam à madrugada de 5 de Abril de 2012, data em que cerca das 06h40 deflagrou um incêndio nas instalações da Rádio Clube da Lourinhã, onde a funcionária se encontrava sozinha, alegadamente a preparar documentação para entregar ao contabilista.
De acordo com a acusação, a mulher afirmou na ocasião ter sido agredida “com uma pancada na nuca” e sequestrada numa marquise nas traseiras das instalações, de onde veio a ser resgatada por funcionários das autarquia que procediam à recolha do lixo e que a teriam avistado à janela, a gritar por socorro.
A investigação desenvolvida pela Polícia Judiciária (PJ) concluiu, no entanto, não ter havido qualquer sequestro e aponta como “única suspeita” de ter ateado o fogo a funcionária que desde então se encontra de baixa médica.
A arguida – acusada pelo Ministério Público (MP) da autoria material, na forma consumada, de um crime de incêndio e de um crime de simulação de sequestro – começou a ser julgada a 27 de Fevereiro e conhecerá hoje a decisão do colectivo de juízes.
A leitura do acórdão está agendada para as 14h30 no Tribunal da Lourinhã.
Lusa/SOL