Furtos de azulejos na região de Lisboa baixaram nos últimos anos

O furto de azulejos na região de Lisboa baixou sete vezes desde o início do projecto SOS Azulejo da Polícia Judiciária, informou hoje Leonor Sá, mentora e coordenadora da iniciativa da Polícia Judiciária.

quando passam quatro anos sobre o início do projecto, leonor sá disse «há uma era antes e uma era pós» o sos azulejo.

«a partir do momento em que se iniciou o projecto, em 2007/2008, deu-se um decréscimo muito grande: há sete vezes menos furtos do que anteriormente», disse a responsável à agência lusa.

segundo a coordenadora, as queixas centram-se na região da capital e inferiu que, no resto do país, talvez não se dê «importância suficiente» aos azulejos como património histórico e cultural.

escusando-se a fazer uma «relação directa de causa-efeito» entre a diminuição e a criação do projecto, leonor sá sublinhou, porém, que os dados são «muito encorajadores» embora não tenha quantificado o número de furtos.

«os dados mostram que estaremos no caminho certo, a fazer mossa dos amigos do alheio» notou a responsável, acrescentando que na internet passaram a estar imagens dos azulejos figurativos cujo furto foi registado.

as imagens podem ser encontradas no endereço  e na rede social facebook.

a consulta na internet e o pedido de informações ao vendedor sobre a origem dos azulejos foram conselhos deixados a quem pretende comprar de forma legal.

em relação a azulejos com padrão, leonor sá explicou ser difícil definir a sua origem por não serem peças únicas.

«há painéis de azulejos que valem milhares e milhares de euros e há uma discrepância entre a sobrevalorização dos azulejos no mercado de arte e pelos antiquários, e a desvalorização por parte de proprietários e do cidadão comum. por isso, há lucros fabulosos», disse à lusa.

na quarta-feira, o projecto, em parceria com outras entidades, atribuiu os seus prémios anuais, nomeadamente a projectos de investigação, a iniciativas das câmaras municipais de aveiro e do montijo, assim como à obra de catarina e rita de almada negreiros feita para a estação fluvial sul/sueste, em lisboa.

extra concurso foram distinguidos, feliciano david, isabel almasqué e barros veloso e como ‘obra de vida’ maria keil.

lusa/sol