os dados foram adiantados ao sol pelo gabinete do secretário-geral do sistema de segurança interna (ssi), antero luís – que na semana passada analisou, em conjunto com os ministros da administração interna e da justiça, a evolução da criminalidade no primeiro quadrimestre do ano, concluindo que o crime violento desceu 7,7%.
mas, além dos homicídios, houve outros crimes graves que contrariaram esta tendência global. foi o caso dos roubos a residências – que aumentaram 40,9% (303 casos, mais 88 do que em 2011) – e também do carjacking, ou roubo de automóveis na via pública – que aumentou 7,7% (126 ocorrências, contra 117 no primeiro quadrimestre de 2011). nesta linha, também os roubos a bancos (mais 64%) e a ourivesarias (mais 43%) sofreram um acréscimo.
menos roubos por esticão
em sentido inverso, decresceram neste período os roubos por esticão (1.826 ocorrências, menos 153 do que em 2011) e também os roubos na via pública (2.466 casos, contra 2.922 em 2011 (menos 15,6%). estes dois ilícitos representam, no seu todo, cerca de 62% da criminalidade violenta e grave e foram, por isso, os principais responsáveis pela descida global da criminalidade violenta.
o ssi admitiu, no entanto, que estas estatísticas são provisórias – «uma vez que as polícias podem remeter actualizações [de dados]» e, além disso, as próprias vítimas têm até seis meses para apresentar queixa após a ocorrência do crime.
por conhecer ficam as conclusões da reunião que juntou, na passada sexta-feira, os ministros miguel macedo e paula teixeira da cruz. «não são públicas», justificou fonte do ssi.
