peritos de mais de 75 países reuniram-se, na sexta feira, na sede da fao, em roma (itália), para discutir a recente a subida dos preços alimentares, depois de a rússia ter proibido as suas exportações de cereais, na sequência da seca e dos incêndios que destruíram, no verão, um quarto das suas colheitas.
apesar de o preço do trigo no mercado internacional ter aumentado 60 a 80 por cento em julho e o do milho cerca de 40 por cento, a fao considera que «não há indícios de uma crise mundial próxima».
a organização entende mesmo que a colheita cerealífera, este ano será a terceira mais importante alguma vez registada.
como verdadeiros responsáveis da recente alta de preços, os peritos apontam os «comportamentos especulativos», as «políticas nacionais» e as «inesperadas fracas colheitas».
nesse sentido, recomendam a exploração de «novos mecanismos para melhorar a transparência e a gestão dos riscos associados às novas causas da volatilidade dos mercados», como a falta de informação e as compras especulativas.
no início de setembro, a subida do preço do pão em moçambique causou motins, que mataram 13 pessoas e feriram outras 400.
lusa / sol