Insulinas rateadas

A verdade é que são cada vez mais os remédios que estão a ser rateados – ou seja, dos quais os armazenistas disponibilizam poucas embalagens. É o caso de algumas das insulinas usadas pelos diabéticos, como a Levemir. «Tem havido problemas no abastecimento às farmácias e já contactei vários fabricantes que me garantiram que os…

Aliás, Luís Gardete Correia já está habituado a ter de recorrer à farmácia social da associação para garantir que os diabéticos têm acesso às insulinas: «Como temos uma farmácia social, podemos comprar os remédios directamente ao laboratório e contornar as falhas que há nas farmácias».

Já com a hidrocortisona, também usada por alguns diabéticos e que está fora das prateleiras das farmácias há mais de um ano, o problema é outro: «O medicamento é tão barato (uma embalagem custa 1,86 euros) que os laboratórios deixam de ter interesse em comercializá-lo», diz Gardete Correia.

Também os casais inférteis se têm deparado com enormes dificuldades. Segundo Nuno Pereira, da Sociedade Portuguesa de Andrologia, é raro encontrar certos produtos para a estimulação ováriaca, algumas ampolas de testosterona e outros medicamentos para o tratamento da infertilidade masculina e feminina. «Nas farmácias, dizem, por exemplo, que o Sustenon (testosterona injectável) foi retirado do mercado, mas não é verdade», diz Nuno Pereira, acrescentando: «Há vários meses que falha no mercado».

A MSD, que também fabrica o Sustenon, explica que nos últimos dois meses ocorreram problemas no fornecimento do produto por questões de qualidade, mas garante que tudo foi resolvido, tendo sido postas no mercado 12 mil embalagens.

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