Italiano apanha sete anos por 17 furtos em Lisboa

Um homem de nacionalidade italiana que confessou os 17 crimes de furto pelos quais estava acusado, praticados em locais públicos da cidade de Lisboa, foi hoje condenado a seis anos e nove meses de prisão efetiva.

Além da condenação, o Ministério Público (MP) pedia que fosse
aplicada ao arguido a pena acessória de expulsão do território nacional,
mas o coletivo de juízes da 4.ª Vara Criminal de Lisboa assim não
entendeu, disse fonte judicial à agência Lusa.

Antes da leitura do
acórdão, houve uma única sessão, uma vez que o detido confessou todos
os crimes. Na ocasião, o homem explicou que cometeu os furtos para
trocar os bens das vítimas por droga.

Inicialmente, o arguido
reconheceu a prática de 11 dos 17 furtos qualificados, acrescentando que
“não se recordava” de ter cometido os restantes. No entanto, depois de
confrontado com fotografias dos seis furtos, a pedido da procuradora do
MP, acabou também por assumi-los.

O detido, natural de Milão,
indicou ainda que era pintor de profissão e que está em Portugal há
cerca de quatro anos, mas que só trabalhou durante seis meses.
Acrescentou que não tem família nem em Itália, onde começou a consumir
cocaína e heroína, nem em Portugal, onde não “possui qualquer
autorização de residência válida”.

No final da sessão, pediu a palavra para “pedir desculpas” às vítimas.

Segundo
o despacho de acusação, a que a Lusa teve acesso, o arguido, de 50
anos, levou a cabo sete furtos na estação da gare do Oriente e os
restantes em hotéis do Parque das Nações, em pastelarias, em
restaurantes e na estação da Alameda, entre Outubro de 2011 e Fevereiro
de 2012.

O homem encontra-se em prisão preventiva ao abrigo deste
processo na prisão de Caxias (Oeiras) e o MP pedia que lhe fosse
aplicada a pena acessória de expulsão do território nacional, já que,
com a sua conduta, violou, de forma grave, valores sociais e pôs em
causa os interesses da ordem pública.

De acordo com a acusação, o
arguido dedicou-se, de forma habitual e reiterada, à prática de furtos
de bens que ascendem a 20 mil euros.

Lusa / SOL