Libertados 10 antigos reféns das FARC na Colômbia

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), principal grupo rebelde do país, libertaram o que dizem ser os seus dez últimos reféns militares e polícias, em cativeiro há mais de 10 anos. Um gesto que o presidente Juan Manuel Santos elogiou mas considerou insuficiente para merecer um diálogo de paz definitiva.

os reféns, que as farc já tinham prometido libertar a 26 de fevereiro, foram resgatados por um helicóptero emprestado pelo exército brasileiro que os encontrou no interior da selva colombiana, onde passaram os últimos 12 e 14 anos.

o helicóptero levou-os ao aeroporto de villavicencio, a sul de bogotá, tendo depois sido transportados para esta cidade, onde familiares ansiosos os esperavam depois de mais de uma década de separação. o grupo foi depois transferido para uma unidade hospitalar da capital, para ser examinado.

depois de duas tentativas falhadas de negociações do governo com as farc nos últimos 30 anos, o recente gesto poderá significar «um importante passo na direcção certa», nas palavras do presidente juan manuel santos, com vista à mudança da estratégia do grupo rebelde que, desde 1964, tem raptado políticos, militares e civis colombianos para depois os trocar por companheiros rebeldes detidos pelas autoridades do país.

no entanto, o presidente classifica de «pura especulação» as afirmações que indicam que a recente acção das farc pode levar ao fim definitivo de um conflito de décadas. 

«quando o governo considerar que existem as garantias e as condições suficientes para iniciar um processo de diálogo para a paz, o país saberá», declarou o chefe de estado.

segundo as várias associações colombianas, as forças armadas revolucionárias contam ainda com milhares de combatentes escondidos nas florestas colombianas e têm ainda na sua posse pelo menos uma centena de reféns.

ap/sol