«é preciso fazer uma análise da situação do edificado e definir prioridades de actuação em relação aos edifícios que necessitam de ser reforçados, porque são muitos os que não têm resistência sísmica», disse à lusa ema coelho, coordenadora do núcleo de engenharia sísmica e dinâmica de estruturas do laboratório nacional de engenharia civil (lnec).
ema coelho, considera não haver «um conhecimento suficiente sobre a situação do parque edificado» que permita prever com exactidão as consequências de um sismo de grande magnitude ou, de grande intensidade, como aconteceu na quarta-feira em lorca (espanha).
«sabe-se que a maioria dos edifícios históricos não têm resistência sísmica, que outros mais recentes, em betão armado, têm algumas fragilidades e que alguns, mais modernos e posteriores à regulamentação, são mais seguros», explicou.
mas para isso se comprovar, acrescentou, «é preciso que a lei tenha sido cumprida e que tenha havido fiscalização».
estudar as necessidades de intervenção e apostar na preparação da população para «saber reagir e proteger-se» em caso de sismo são as grandes prioridades apontadas por ema coelho para o país onde as regiões do algarve e de lisboa e vale do tejo são as mais propícias à ocorrência de tremores de terra.
«a protecção civil está mais preparada para responder, existem planos de emergência e já foram feitos muitos exercícios práticos, mas é preciso que a população saiba o que fazer», concluiu.
lusa/sol