a fonte adiantou que o administrador bancário ângelo neves «não vai ficar mais» tempo naquela unidade, sem adiantar mais pormenores.
também contactado pelo lusa, o secretariado da pj de leiria limitou-se a referir: «não temos quaisquer dados a fornecer».
uma fonte ligada ao seu círculo profissional garantiu que ângelo neves lhe telefonou, «com voz arrastada», indicando que estaria hospedado num hotel da nazaré e que a mulher já estaria a caminho do local.
contactada pela lusa, a mulher, isabel, começou por dizer que continuava a desconhecer o seu paradeiro.
mais tarde, quando confrontada com aquelas informações, foi pouco clara: «se vou a caminho, ainda não o encontrei, não é?», disse.
convidada a fornecer pormenores, disse: «desculpe, não posso estar a falar agora».
o administrador da caixa de crédito agrícola da área metropolitana do porto, sediada na maia, foi dado como desaparecido na segunda-feira e a mulher formalizou na esquadra daquela cidade um pedido de localização do seu paradeiro, pedindo igualmente a intervenção da polícia judiciária.
em declarações à lusa, na quarta-feira, a mulher considerou o caso «muito estranho», dizendo recear que o marido tivesse sido vítima de algum «ajuste de contas» por decisões tomadas no âmbito dos créditos bancários.
ângelo neves, de 48 anos, saiu do seu gabinete cerca das 10:00 de segunda-feira, alegadamente para comprar cigarros, não regressando pela manhã ao posto de trabalho.
também não compareceu ao almoço que habitualmente fazia com colegas de trabalho, que, já cerca das 14:00, encontraram os seus bens pessoais no gabinete, num indício de que não demoraria.
no entanto, nunca mais foi visto, nem sequer pela família, e goraram-se tentativas para o localizar ou contactar telefonicamente até quarta-feira.
segundo a mulher, o administrador bancário deixou todos os documentos, à excepção do cartão do cidadão e, nos dias precedentes, levantou apenas uma pequena quantia.
acrescentou que não tinha passaporte, excluindo deste modo a sua ida para o estrangeiro.
lusa/sol