Malware Conficker continua a fazer vítimas

O vírus Conficker, que criou um botnet com milhões de PC através do aproveitamento de uma vulnerabilidade no Windows em 2008, continua activo e a fazer vítimas

a revelação foi feita pela microsoft, que refere que no último trimestre do ano passado o malware conficker infectou ou tentou infectar cerca de 1.7 milhões de computadores com windows, três anos após ter sido identificado pela primeira vez.

citado pelo portal computerworld o director do trustworthy computing group da microsoft, tim rains, explica que «os utilizadores continuam a lutar com o conficker», programa malicioso que vê como «surpreendente que tenha este poder de manutenção».

identificado pela primeira vez no final de 2008, o worm conficker utilizava uma falha no windows para infectar os computadores das vítimas.

no início de 2009 várias empresas de segurança previram que o malware tinha criado um botnet com cerca de 12 milhões de pc com o sistema operativo da microsoft, graças à sua transformação num programa malicioso mais eficaz.

três anos depois a microsoft admite que a ameaça do conficker continua presente, apesar de o malware ter deixado de comunicar com os seus criadores, o que significa que não pode ser actualizado e controlado por eles.

o corte das ligações entre o programa malicioso e os seus autores foi garantido graças aos esforços da conficker working group (cwg), um consórcio de empresas de segurança informática que se juntaram para desactivar os domínios de comando e controlo do worm em 2009.

segundo tim rains este worm «continua à solta e activo», sublinhando que «tem sido a ameaça número um para as empresas durante os últimos dois anos e meio».

as previsões da microsoft indicam que actualmente o conficker está presente em cerca de 7 milhões de máquinas, sendo que o cwg continua a trabalhar para evitar que o vírus consiga voltar a ser utilizado pelos hackers que o criaram.

em declarações ao computerworld andrew storms, director de operações da ncircle securtiy, adianta que a ameaça continua presente porque «o conficker pode circular por si próprio sem necessitar de servidores de controlo e comando», o que leva este investigador de segurança informática a defini-lo como «uma hidra sem cabeça, que faz o seu caminho sem objectivos definidos».