Manchester, a cidade mais arriscada para navegar online

A cidade de Manchester, no Reino Unido, foi considerada a mais arriscada para se navegar na Internet, segundo um estudo efectuado pela empresa Sperling´s BestPlaces, hoje divulgado.

segundo o documento, amesterdão, na holanda, e estocolmo, na suécia, são as cidades que ocupam o segundo e terceiros lugares da lista de 10 locais mais arriscados para navegar na internet.

este estudo, que avança as 10 cidades mais arriscadas para navegar na internet, destaca os factores de risco potenciais que existem online e que tornam os consumidores potencialmente vulneráveis ao cibercrime.

o estudo pretendeu criar uma classificação subjectiva das cidades que apresentam o maior risco potencial para o cibercrime e resulta de uma combinação de dados do cibercrime fornecidos pela symantec, fabricante de software de segurança, com dados sobre o estilo de vida do consumidor na internet.

milão, que surge no sétimo lugar da lista, apresentou a os dados mais preocupantes em termos de cibercrime, nomeadamente nos ataques tentados na internet (555,7) e nos ‘spams’ efectuados contra endereços ip (3.768,1).

a nível de bots por cidade, uma aplicação de software concebida para simular acções humanas repetidas vezes de maneira padrão, é dominado por paris, quarta cidade mais arriscada da lista.

manchester é também a cidade que apresenta mais tentativas de ‘malware’ (1.977), um software destinado a entrar no sistema de computador alheio de forma ilícita, com o intuito de causar dano ou roubo de informações.

os dados do cibercrime baseiam-se na contagem dos bot por cidade, no número de ataques na web, no número de infecções tentadas por malware e no spamm a endereços ip.

a 16 de fevereiro, seminário ‘o desafio da cibersegurança’ organizado pelo observatório de segurança, criminalidade organizada e terrorismo (oscot), a directora do departamento de investigação e acção penal (diap) de lisboa, maria josé morgado, enumerou “sete obstáculos que criam dificuldades na intervenção e investigação criminal”.

maria josé morgado destacou os sistemas informáticos «frágeis», um enquadramento legal «confuso e compensador do crime», a dispersão e sobreposição de autoridades competentes e o «esforço insuficiente» a nível da prevenção e repressão.

a directora do diap de lisboa apontou ainda «a falta de recursos informáticos» na polícia judiciária e ministério público, considerando que «os meios são desproporcionados às ameaças».

aos jornalistas, a directora do diap de lisboa disse igualmente que a criminalidade informática já é expressiva em portugal mas sublinhou que «falar de números é mentir porque não há um levantamento nacional» sobre este tipo de crime.

esta semana, o ministro da administração interna, miguel macedo, reconheceu que o cibercrime «é um fenómeno de real importância» no sector das comunicações, que «ameaça o regular funcionamento da sociedade de informação».

na mesma ocasião, o governante anunciou que o governo está a elaborar uma estratégia nacional de cibersegurança a «curto prazo», que contempla a criação de um centro nacional de cibersegurança.

lusa/sol