Materiais para fabricar bombas encontrados em apartamento em Banguecoque

A polícia tailandesa disse hoje ter encontrado materiais usados para fabricar bombas num apartamento nos arredores de Banguecoque, durante o fim de semana, após a detenção de um suspeito do atentado à bomba num templo este mês.

Materiais para fabricar bombas encontrados em apartamento em Banguecoque

"Encontrámos sacos de fertilizantes, relógios, controlos de rádio, peças para fazer bombas e baterias elétricas", disse à AFP o porta-voz da polícia Prawut Thavornsiri.

O mesmo responsável disse que os objetos foram encontrados numa rusga a um apartamento no subúrbio de Minburi, no nordeste de Banguecoque, durante o fim de semana, sem precisar a localização exata.

A zona fica próxima do local onde um estrangeiro não identificado foi detido no sábado, alegadamente na posse de materiais usados para o fabrico de bombas, incluindo detonadores e dezenas de passaportes falsos.

A polícia acredita que o suspeito fazia parte de um grupo criminoso que ajudava imigrantes ilegais a obter documentos falsos e que o atentado à bomba no templo foi perpetrado em retaliação contra a ação das autoridades tailandesas.

Polícia procura mais dois suspeitos

Dois novos suspeitos, uma tailandesa e um homem não identificado, são procurados por alegadas ligações ao atentado à bomba num templo em Banguecoque, depois de materiais para o fabrico de bombas terem sido apreendidos num apartamento nos arredores da cidade.

"O primeiro suspeito é uma mulher, Wanna Suansan, de 26 anos", disse o porta-voz da polícia numa declaração transmitida na televisão. Foi divulgada uma imagem da mulher com a cabela coberta com um 'hijab' (véu).

Esta foi a primeira vez que o nome e imagem de um suspeito foram divulgados na televisão desde o ataque a 17 de agosto.

"Também há outra pessoa a morar no mesmo local: é um homem, de nacionalidade desconhecida", acrescentou.

O ataque ao templo Erawan, no centro da capital tailandesa, muito frequentado pelos turistas, nomeadamente asiáticos, resultou em 20 mortos — a maioria turistas da Ásia — e 120 feridos.

Lusa/SOL