Millennium Estoril Open cria circuito português

João Domingues foi o justo vencedor do Cascais NextGen Tour, o mini circuito de torneios da categoria Future, criado este ano pela 3Love, com o objetivo de atribuir um convite para a fase de qualificação do Millennium Estoril Open.

Embora tenha havido uma saudável rivalidade entre o jogador de Oliveira de Azeméis e João Monteiro – curiosamente, os dois últimos campeões nacionais – Domingues mostrou ser mais experiente ao nível do ténis internacional e marcou a diferença.

Este mini circuito passou pelo Lisboa Racket Centre, Quinta da Marinha Racket Club, Clube de Ténis do Porto e o Carcavelos Ténis.

João Domingues fez final em Lisboa, final no Porto e ontem jogou os quartos de final em Carcavelos.

O n.º4 nacional deu-se mesmo ao luxo de não jogar em Cascais para poder representar Portugal na Taça Davis e mesmo assim foi o melhor português no Cascais NextGen Tour.

«É uma iniciativa excelente por parte da organização do Millennium Estoril Open e dos torneios. É uma motivação extra e melhor motivação e objetivos para os tenistas portugueses não podia haver», disse Domingues ao site Ténis Portugal, acrescentando que «é ótimo porque todos os jogadores portugueses passam a ter a possibilidade de estar num torneio muito importante».

Com efeito o diretor do Millennium Estoril Open, João Zilhão, avisou que «os qualifyings dos ATP’s 250 hoje em dia são muito fortes e fecham sempre à volta dos 170, 180 melhores do Mundo».

Ora João Domingos é esta semana o 271.º classificado no ranking mundial, apenas um lugar atrás da sua melhor cotação de sempre, pelo que é fácil perceber da importância que tem para ele este convite para a qualificação do mais importante torneio de ténis português.

O Cascais NextGen Tour é bom para os jogadores, mas reforça igualmente os clubes que organizam estes torneios, na medida em que recebem mais destaque mediático e melhoram as suas listas de inscritos.

Finalmente, não deixa de ser positivo para o próprio Millennium Estoril Open e para a Câmara Municipal de Cascais, ao verem os seus nomes serem escritos e proferidos durante quatro semanas seguidas antes do grande torneio.

Não é uma ideia inédita, pois inspira-se seguramente no US Open Series e no Australian Open Series, e «cria uma dinâmica interessante», como admitiu João Zilhão ao Ténis Portugal.

Pessoalmente, uma vez que se admitem vários pisos neste mini circuito e não se restringe à terra batida, gostaria que a iniciativa não se limitasse a quatro torneios e se alargasse a todos os Futures portugueses realizados entre janeiro e o início do Millennium Estoril Open.