Motociclos portugueses chegam ao Brasil e Japão

A empresa AJP Motos, única fabricante de motociclos em Portugal, começou a comercializar a sua produção no Brasil e no princípio de 2011 prepara-se para fazer o mesmo no Japão, disse à Lusa o diretor da empresa

a marca está representada em 18 países, com a frança a absorver 30 por cento da produção da empresa e a espanha 15 por cento, mas para antónio pinto, diretor da ajp, o brasil tem potencial para se tornar o principal mercado externo das motos portuguesas.

«o primeiro contentor de motos que enviámos para lá foi vendido quase numa semana», revelou o empresário.

por isso, «pela reação das pessoas e da própria imprensa especializada, acredito que daqui a pouco tempo o brasil pode vir a ser o nosso principal mercado de exportação», acrescentou.

os modelos disponíveis nesse país são a pr3 e a pr4, ambas com motores de 200 centímetros cúbicos, e a pr5 de 250, sempre na versão enduro/lazer.

para antónio pinto, a grande vantagem para o consumidor brasileiro é que esses motociclos «são de grande qualidade, mas têm um preço que se situa a meio da tabela» entre a única moto fabricada no brasil e os outros modelos das marcas estrangeiras mais conhecidas.

«comprar uma ajp é um salto lógico para quem usa uma moto brasileira e quer dar um passo mais além», explica antónio pinto.

quanto à entrada da marca portuguesa no japão, o fundador da ajp disse ter expetativas mais reservadas, porque em causa está um mercado «muito diferente» do brasil.

«os nossos representantes já levaram motos e testaram-nas, mas não conhecemos a realidade do japão», observou, acrescentando que só quando a primeira encomenda lá chegar, no princípio de janeiro, é que será possível ver «como realmente correm as coisas».

entre os países onde a ajp comercializa motociclos, chipre, polónia e malta são aqueles onde a afirmação das motos portuguesas também está «numa fase ainda muito exploratória».

fora da europa, a marca tem representação em angola, mas, depois de um arranque inicial positivo, «as vendas ressentiram-se um bocado com a crise que lá se está a atravessar».

já a itália, onde a ajp está presente, é «um bom mercado», com espaço para crescer, «mas cujo potencial não estava a ser devidamente explorado».

antónio pinto anunciou para 2011 uma outra estratégia da empresa: «vamos regressar à competição».

no brasil, as motos portuguesas vão ser conduzidas, por exemplo, por vladi smaniotto, que foi campeão gaúcho de enduro em 2010. em portugal, as ajp participarão nas provas oficiais pelo punho dos pilotos joão ribeiro e pedro barradas.

lusa / sol